A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Fachin deve redistribuir 30 inquéritos por não terem ligação com Lava Jato

Publicado 27.07.2017, 18:18
© Reuters. Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF)
PETR4
-

Por Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deverá pedir em agosto a redistribuição a outros ministros da corte de cerca de 30 inquéritos que envolvem autoridades com foro privilegiado e não têm ligação com a operação que investiga desvio de recursos e corrupção na Petrobras (SA:PETR4).

No momento, Fachin tem sob seus cuidados cerca de 110 inquéritos referentes à Lava Jato. O ministro tem analisado nas últimas semanas se esses casos sob a sua relatoria teriam ou não relação com o escândalo da estatal, fator que atrai a competência dele para conduzir as investigações.

A tendência, segundo apurou a Reuters com uma fonte familiarizada com a situação, é que 30 deles sejam repassados por Fachin a colegas do Supremo por não terem conexão com a Lava Jato.

Os novos relatores serão escolhidos por sorteio eletrônico --somente a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, não participa dessa redistribuição. Pela praxe na corte, Fachin repassa os inquéritos para Cármen Lúcia, que determina o sorteio das investigações. 

SEM SELO

A saída de casos das mãos de Fachin --que herdou o comando da operação no STF em fevereiro após a morte de Teori Zavascki, primeiro relator, em acidente aéreo no início deste ano-- é aguardada com expectativa por parlamentares.

A avaliação corrente entre políticos é que o atestado de investigado pela Lava Jato no Supremo prejudica planos eleitorais futuros deles, como a reeleição em 2018. E que, mesmo que continuem alvos de inquérito no STF, só o fato de não terem o selo "Lava Jato" os deixa em melhor situação.

Já houve casos de parlamentares que comemoraram publicamente não estar mais na operação, mesmo ainda estando sob investigação, apenas por ter saído do selo Lava Jato.

ODEBRECHT

No início de abril, Fachin havia autorizado a abertura de 76 inquéritos na corte contra autoridades com foro privilegiado a partir da colaboração feita por representantes da empresa. A homologação dessas delações foi feita pela presidente do STF.

© Reuters. Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF)

Desse total, 20 casos já foram remetidos para outros ministros da corte: quatro para Luiz Fux; três para Gilmar Mendes, Luiz Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber cada um; dois para Alexandre de Moraes; e um para Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, cada.

Nessa lista, por exemplo, há casos de caixa 2 de campanha bancados pela Odebrecht, sem que tenham sido financiados com recursos de desvios da Petrobras.

Em abril, logo após a homologação das delações dos executivos da empresa, a Reuters mostrou que advogados de investigados na chamada lista da Odebrecht queriam tirar a condução das apurações das mãos de Fachin.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.