Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 7 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Começam as negociações comerciais entre EUA e China
As negociações comerciais programadas para os dias 07 e 08 de janeiro entre os EUA e a China começaram nesta segunda-feira em Pequim, com investidores aguardando que os dois lados possam fechar um acordo comercial mais abrangente antes do final de uma trégua de 90 dias na guerra comercial.
Washington e Pequim têm até 1º de março para fazer um acordo, depois dessa data, o presidente norte-americano Donald Trump prometeu elevar as tarifas para 25%, de 10%, para US$ 200 bilhões em importações chinesas.
A prolongada disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo gerou temores sobre a desaceleração econômica na China, após uma série de dados econômicos fracos e alimentou preocupações sobre o impacto sobre a economia global depois da Apple (NASDAQ:AAPL) emitiu um aviso na redução de receita para o primeiro trimestre fiscal do ano, na semana passada.
2. Recuperação das bolsas enfraquece
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura estável em Wall Street, com a recuperação do mercado global de ações perdendo força.
Às 8h40 o blue chip futuros do Dow ficou estável, os futuros do S&P 500 recuavam 0,09%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 0,23%.
Na Europa, os mercados acionários caíram para o vermelho, apagando os ganhos da abertura.
O apetite ao risco foi minado pelos os legisladores americanos que ainda não conseguiram chegar a um acordo para encerrar a paralisação do governo, enquanto os riscos de Brexit continuaram a ofuscar as perspectivas na Europa.
Durante a noite, ações chinesas foram firmadas após o banco central do país anunciar uma flexibilização da política destinada a enfrentar uma desaceleração econômica, enquanto a retomada das negociações comerciais entre Washington e Pequim também impulsionou o apetite ao risco, deixando os mercados asiáticos amplamente em alta.
Os mercados dos EUA se recuperaram na sexta-feira depois de um relatório de empregos mais forte do que o esperado e dos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que indicaram que o banco central seria paciente e flexível sobre política monetária este ano.
3. Preços do petróleo sobem em torno de 3%
Os preços do petróleo subiram mais na esperança de que o alívio as tensões comerciais entre os EUA e a China aumentaria as perspectivas de demanda, enquanto os cortes de oferta dos principais produtores também apoiavam o petróleo bruto.
Os contratos futuros de petróleo Brent estavam cotados a US$ 58,75 por barril, com alta de US$ 1,68, ou 3% de seu último fechamento.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate chegaram a US$ 49,37 por barril, com alta de US$ 1,41 ou 2,96%.
Apesar da probabilidade de uma desaceleração econômica como resultado da guerra comercial, os preços do petróleo estavam sendo apoiados por cortes de oferta iniciados no final do ano passado por um grupo de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), dominada pelo Oriente Médio, e também dos produtores não-OPEP liderados pela Rússia.
O Goldman Sachs disse que os cortes resultariam em um aumento gradual nos preços do petróleo à vista em 2019, à medida que os altos estoques voltassem às suas médias de 5 anos.
4. Dólar perde terreno
O dólar foi amplamente inferior em relação às outras principais moedas, com o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, apresentando queda de 0,3%, para 95,46.
O dólar permaneceu em segundo plano após os comentários de sexta-feira do Fed, enquanto a retomada das negociações comerciais entre EUA e China enfraqueceu a demanda pela divisa.
O euro ficou mais forte, com o aumento de 0,41%, para 1,1437, mesmo depois de os dados mostrarem que as encomendas às fábricas alemãs caíram mais do que o esperado em novembro. Relatórios separados mostraram que a moral dos investidores da zona do euro caiu para uma baixa de quatro anos em janeiro, mas as vendas no varejo do bloco subiram fortemente em novembro.
5. PMI não-industrial do ISM
Na frente de dados, os dados não-industriais do ISM para dezembro devem ser divulgados às 13hs e devem apresentar uma queda modesta, mas o risco é que eles se transformem em uma surpresa negativa como o índice industrial do ISM da semana passada.
Espera-se que o PMI não-industrial do ISM atinja 59,6 em relação aos 60,7 de novembro.
Dados da última quinta-feira mostraram que a atividade fabril desacelerou acentuadamente para uma baixa de dois anos em dezembro, sugerindo que a economia americana provavelmente não está imune à desaceleração do crescimento na China e na Europa, apesar do mercado de trabalho permanecer forte.
- Reuters contribuiu com esta reportagem.