SÃO PAULO (Reuters) - A Embraer (SA:EMBR3) informou nesta terça-feira que assembleia de acionistas aprovou transação que permite à companhia voltar a desenvolver os negócios em aviação comercial diretamente, revertendo uma operação que havia sido montada por ocasião do avanço da Boeing (NYSE:BA) (SA:BOEI34) sobre a companhia.
A reincorporação das atividades de aviação comercial na Embraer terá eficácia a partir de janeiro do próximo ano, afirmou a fabricante brasileira de aviões em fato relevante ao mercado.
A divisão de aviação comercial, principal geradora de caixa da companhia, seria vendida em 2019 para a Boeing com aval do governo do presidente Jair Bolsonaro, cujos representantes na época afirmavam que a empresa teria dificuldades em desenvolver seus negócios no futuro caso continuasse independente.
A Boeing, porém, desistiu no ano passado do negócio em que ficaria com o controle da divisão de aviação comercial por 4,2 bilhões de dólares, abrindo uma batalha judicial com a Embraer que afirmou que a empresa norte-americana rescindiu contrato indevidamente.