Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da manhã desta quinta-feira, as ações da Azul (SA:AZUL4) operam com estabilidade, depois de um começo de pregão negativo. A companhia teve prejuízo de R$ 2,9 bilhões no segundo trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 351,6 milhões registrado no mesmo período de 2019, em resultado fortemente afetado pelas medidas de isolamento social, além de efeito cambial.
Por volta das 11h38, os ativos operavam com leve alta de 0,09% a R$ 22,90, com mínima de R$ 22,20 e volume financeiro negociado em R$ 126,71 milhões. A performance do papel é pior ao do Ibovespa hoje, que avançava 0,84% a 102.988 pontos no momento da escrita.
"O segundo trimestre de 2020 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da aviação", afirmou o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, no material de divulgação do balanço nesta quinta-feira.
No segundo trimestre, a receita líquida total somou R$ 401,6 milhões, um tombo de 85% sobre o faturamento de um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 324,3 milhões, ante resultado positivo de R$ 733,2 milhões no segundo trimestre do ano passado.
A companhia teve geração de caixa de 1 bilhão de reais no segundo trimestre, principalmente com investimentos de curto prazo não detalhados. Também renegociou seu passivo de leasing de aeronaves para reduzir a relação dívida/Ebitda de 6,4 para 4,8 vezes.
A companhia aérea espera queimar cerca de 270 milhões de reais de caixa no próximo trimestre.
Aeronaves
A Azul informou nesta quinta-feira que adiou o recebimento de 82 novas aeronaves para 2024 pelo menos devido aos impactos da pandemia de coronavírus.
A Azul, terceira maior companhia aérea do Brasil, passava por uma expansão ambiciosa quando as medidas de isolamento social derrubaram a demanda por viagens aéreas a partir de março. A frota total da empresa é formada atualmente por 167 aviões, disse a empresa.
A companhia aérea não divulgou quais aeronaves tiveram entrega adiada, mas possui encomendas de mais de 100 jatos E2 da Embraer (SA:EMBR3) (SA:), além de pedidos de aviões da Airbus.