SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil (SA:BBAS3) vai ser mais agressivo em algumas linhas de crédito nos próximos meses, dentro do esforço para fazer com que a última linha do resultado reflita mais o crescimento das receitas do que a redução das despesas com provisões para calotes, disse nesta quinta-feira o presidente-executivo do banco, Paulo Caffarelli.
“Os resultados do segundo semestre já vão mostrar isso, o lucro refletindo mais as receitas com negócios do que a redução de despesas com limpeza da carteira”, disse Caffarelli a jornalistas ao comentar os resultados do segundo trimestre.
O banco controlado pelo governo federal anunciou nesta quinta-feira lucro ajustado de 3,24 bilhões de reais no período, alta de 22,3 por cento ante mesma etapa de 2017.
Caffarelli reforçou a meta de continuar elevando a rentabilidade do BB para níveis similares aos dos rivais privados.
Além de outra rodada de forte redução das despesas com provisões para inadimplência, o BB teve crescimento em todas as linhas de crédito pela primeira vez em dois anos.
O resultado ajudava a dar impulso as ações do BB, que subiam 1,84 por cento as 13:09 na B3, enquanto o Ibovespa recuava 0,63 por cento.
Em relatório, analistas da XP Investimentos afirmaram que o resultado trimestral superou as expectativas. No entanto, mantiveram recomendação neutra para a ação do BB devido a incertezas ligadas ao cenário eleitoral.
(Por Aluísio Alves)