Investing.com - Em meio à pandemia de Covid-19 e à crise econômica, o banco de investimentos UBS avalia, em relatório divulgado nesta quarta-feira (27), como ação defensiva os papéis da BB Seguridade (SA:BBSE3). Assim, os analistas Mariana Taddeo e Kaio Prato, que assinam o relatório, mantêm recomendação de compra para o ativo - apesar de reduzir o preço alvo em 18%.
Os analistas consideram o modelo de negócios diversificado da companhia com capacidade de trazer resiliência para a empresa em meio à crise da pandemia de Covid-19, que já derrubou em cerca de 36% o valor das ações em relação à sua máxima recente de janeiro.
Os papéis fecharam em alta de 0,48% a R$ 25,30 na sessão de quarta-feira. No ano, os papéis da empresa acumulam perdas de 26,69% - ante queda de 23,95% do Ibovespa.
Modelo de negócios
Na previsão do banco, os negócios de corretagem, que representaram cerca de 44% do total de ganhos da empresa em 2019, devem continuar a se beneficiar do acréscimo de receitas dos prêmios originados em 2019, apesar do cenário em deterioração.
A Brasilseg, com cerca de 25% dos ganhos, deve ser afetada pela crise, mas os seguros rurais ainda devem ser apoiados por subsídios do governo. Já os ganhos da Brasilprev (24% dos ganhos), por sua vez, são menos sensíveis a uma redução no crescimento das contribuições, por causa da característica de gestão dos ativos.
Preço-alvo
Apesar de manter a recomendação de compra, o banco cortou o preço-alvo da ação em 18%, de R$ 39 para R$ 32, devido à redução na previsão de lucros por ação de 5%-8,8% entre 2020 e 2024; ao custo do capital mais alto a 12,5%; e riscos com deterioração do cenário macro, menor fluxo nas agências por causa da Covid-19, aumento na concorrência e impostos mais altos.
Segundo o UBS, o valuation atual é atrativa, com as ações sendo negociadas a 12,6x P/E - cerca de 8% abaixo da média histórica, com dividend yield de cerca de 7% neste ano. Considerando o preço alvo de R$ 32, os papéis devem ser negociados a 16,4x P/E.