Por Silvia Aloisi
MILÃO (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) exigiu que o terceiro maior concessor de empréstimos da Itália, o Banca Monte dei Paschi di Siena, reduza sua carteira de crédito podre em 40 por cento no prazo de três anos, colocando mais pressão sobre Roma e Bruxelas para estabilizar o sistema bancário italiano.
O Monte dei Paschi é a mais fraca entre as principais instituições no quarto maior setor bancário da zona do euro e pode ter que aumentar seu capital para cumprir as metas do BCE, dado que o referendo no mês passado pela saída do Reino Unido da União Europeia (UE) reduziu o apetite de investidores por créditos podres.
O governo italiano quer o sinal verde da UE para ajudar instituições financeiras como o Monte dei Paschi sem que sejam acionadas regras de resgate, que forçariam acionistas e detentores de bônus a repartir algumas das perdas.
O Monte dei Paschi di Siena, o banco mais antigo do mundo, disse em comunicado nesta segunda-feira que o BCE exigiu que o banco corte os empréstimos ruins em 40 por cento, para 14,6 bilhões de euros, em 2018, frente aos 24,2 bilhões de euros atuais.
Um porta-voz do BCE não tinha comentários imediatos a fazer sobre o assunto.