As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, após fortes quedas nos últimos dias, e seguindo a publicação de um relatório misto de empregos (payroll) nos Estados Unidos em outubro. As perspectivas para a continuidade do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) foram em grande parte mantidas, o que deu algum impulso às ações após sinalizações recentes de que a autoridade poderia fazer elevações de juros ainda maiores.
No fechamento, o Dow Jones subiu 1,26%, a 32.403,22 pontos, o S&P 500 ganhou 1,36%, a 3.770,55 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,28%, a 10.475,25 pontos. Já na semana, as quedas foram de 1,40%, 3,35% e 5,65%, respectivamente.
Para Edward Moya, analista da Oanda, as ações subiram, "pois Wall Street acredita que o Fed está no direito de reduzir a inflação'.
Em sua visão, o payroll teve um número principal forte, com revisões para cima e crescimento salarial adicional. Já o que surpreendeu foi o salto mais alto com a taxa de desemprego, mas "quando você leva em consideração tivemos uma queda surpresa em setembro, não parece tão significativo", pondera Moya.
Em sua visão, o relatório permite que o presidente do Fed, Jerome Powell, mantenha o roteiro hawkish por um tempo e ainda apoie a ideia de uma redução no aperto para a próxima reunião de política. A menos que o relatório de inflação da próxima semana seja mais devastador, o Fed optará por um ritmo mais lento de aumentos de taxas, avalia.
Nesta sexta, o Goldman Sachs (NYSE:GS) indicou que segue esperando um aumento de 50 pontos-base (pb) na taxa juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de dezembro e elevações de 25bp nos encontros seguintes, em fevereiro e março.
Entre os setores, petroleiras como Chevron (NYSE:CVX) (+1,26%) e ExxonMobil (NYSE:XOM) (+1,09%) avançaram, seguindo uma alta internacional no barril. Já entre as perdas, a Apple (NASDAQ:AAPL) foi um dos destaques, recuando 0,19%, enquanto notícias sobre o congelamento de contratações na empresa surgem, diante de um cenário adverso.