Washington, 10 abr (EFE).- A Administração do presidente Barack Obama reduziu nesta quarta-feira as previsões de crescimento para a economia americana de 3% a 2,3% para este ano, e de 3,6% para 3,2% para 2014, na apresentação de seu projeto orçamentário para o ano fiscal de 2014.
Entre os fatores que pesaram para essa redução, a respeito das previsões do orçamento passado, estão a suspensão em janeiro do corte de impostos à relação e a entrada em vigor de altos cortes no gasto público aprovados em março.
As previsões seguem o previsto pelo Federal Reserve (Fed), que também reduziu recentemente suas expectativas sobre o desempenho econômico dos Estados Unidos e calcula que este ano o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá entre 2,3% e 2,8%, e entre 2,9% e 3,4% para 2014.
No entanto, no plano laboral, a Administração Obama se mostra mais otimista ao reduzir a taxa de desemprego esperada para o fim de 2013 da estimativa de 8,6%, realizada em julho passado, a 7,7%.
Para 2014, também mostra um comportamento melhor em relação ao esperado um ano atrás: de 8,1% a 7,2%.
Ambos os números são um pouco mais cautelosos que o previsto pelo Fed há um mês, que estimou o índice de desemprego para 2013 entre 7,3% e 7,5%, e de entre 6,7% e 7% para 2014.
A proposta da Casa Branca cita como dados positivos o "firme progresso" do mercado de trabalho, a leve recuperação no investimento empresarial e que o setor imobiliário está começando a mostrar "sinais de força" após a forte crise de 2008.
Com o plano apresentado hoje por Obama, que o definiu como "fiscalmente responsável", espera-se que o déficit tenha caído por volta do final do ano fiscal 2014 até cerca de US$ 744 bilhões, o que equivalerá a 4,4% do produto interno bruto (PIB) contra 5,5% previsto para 2013 (cerca de US$ 973 milhões). EFE