Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Programa Voa Brasil, que visa facilitar o acesso a passagens aéreas no país a determinados públicos, deve entrar em vigor a partir de agosto e pode ter um limite de bilhetes por passageiro ao ano, segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França.
Os passageiros que não voaram nos 12 meses anteriores terão prioridade no programa, focado na reinclusão aérea. O valor de cada bilhete seria de até 200 reais e os voos devem ser disponibilizados em horários fora do pico, durante a baixa temporada.
"É uma ideia de estimular a aviação e permitir os que não voam possam voar", destacou o ministro em audiência em comissão no Senado.
O público alvo do programa inclui aposentados, pensionistas e estudantes.
França acrescentou que as três principais companhias aéreas brasileiras já estão de acordo com o programa e o governo negocia agora com os terminais concedidos à iniciativa privada a possibilidade de um programa de cashback para a taxa de embarque.
"Eles estão propondo um payback; ou seja, eles devolveriam um valor (da taxa de embarque) para cada um que embarcasse e consumisse no próprio aeroporto ou pagasse o taxi para voltar para casa", disse o ministro.
O projeto do governo visa trazer de volta aos aeroportos brasileiros milhares de brasileiros que deixaram de voar por conta dos preços das tarifas, afirmou.
A chegada em breve de empresas de baixo custo ao mercado nacional pode ajudar no acesso de passageiros e no barateamento de bilhetes, de acordo com o ministro.
"Com a chegada de empresas low cost no Brasil , pelo menos uma já deu certeza e a segunda deve vir para o Brasil, nós teremos, então, a disputa sadia de empresas que fazem voos mais baratos em condições mais simples", disse ele.