Investing.com - As ações da Cielo (SA:CIEL3) caem 3,35% a R$ 15,83 na manhã desta sexta-feira, liderando assim as perdas do Ibovespa na sessão. No começo da jornada, com a notícia da renúncia de Eduardo Campozana Gouveia ao cargo de diretor-presidente, os papéis chegaram a cair mais de 6%.
Campozana Gouveia renunciou ao cargo e será substituído interinamente por Clovis Poggetti Junior, atual vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da companhia, disse a empresa de meios eletrônicos de pagamento em fato relevante nesta sexta-feira.
O executivo, que ocupava o cargo há um ano e meio, alegou questões de foro pessoal e familiar para deixar o comando da companhia, mas acompanhará o processo de sua transição até a saída efetiva no mês de agosto. Posteriormente, Poggetti Junior, que ingressou na Cielo em 2007, vai auxiliar na transição até a posse efetiva do sucessor.
Em maio, Marcelo Noronha, vice-presidente do Bradesco (SA:BBDC4), um dos sócios controladores da Cielo junto com o Banco do Brasil (SA:BBAS3), foi eleito novo presidente do conselho de administração da companhia.
“Por questões de foro pessoal e familiar, o Sr. Eduardo Campozana Gouveia decidiu renunciar ao cargo de Diretor-Presidente após exercê-lo por um ano e meio, deixando, como marcas de sua gestão, uma empresa mais moderna e próxima de seus clientes”, disse a Cielo.
Eletrobras perde 3% com adiamento de leilão
As ações da Eletrobras (SA:ELET3) operam com forte queda de 3,04% a R$ 14,01, depois que o BNDES decidiu suspender o leilão para a venda das distribuidoras da estatal, que estava marcado para o próximo dia 26.
A decisão é para atender a uma decisão da 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro desta quinta-feira. Em sua decisão, a Justiça acatou ação civil pública movida pela Associação dos Empregados da Eletrobras (AEEL), que pedia a suspensão do processo licitatório, ao entender que o certame precisaria de aprovação legislativa.
A AEEL defendeu haver ilegalidade no edital do leilão porque não teriam sido cumpridas condicionantes estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo entendimento de que a privatização de empresas públicas depende de autorização prévia em lei, conforme liminar recente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.
Para tentar manter o leilão, a União alegou "desnecessidade de autorização legislativa específica para a alienação do controle acionário ou dissolução das subsidiárias" e apontou que a suspensão do processo poderia "causar grave lesão à ordem administrativa e à economia pública".
O BNDES informou que órgãos competentes estão avaliando os recursos legalmente cabíveis contra a decisão judicial.
Para a XP Investimentos, as notícias são negativas para a Eletrobras, podendo inviabilizar a ocorrência do leilão de suas distribuidoras no curto e médio prazo. Se este for o caso, pode não restar alternativa à estatal senão liquidar as empresas, que pode gerar um ônus de cerca de R$22 bilhões à companhia.
Com Reuters.