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Cielo tem queda de 18% no lucro do 2º tri, com recuos em volume de transações e recebíveis

Publicado 31.07.2018, 07:25
Atualizado 31.07.2018, 07:25
© Reuters. .

Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova rodada de queda no volume de transações com cartões de débito e nas receitas com antecipação de recebíveis fizeram a Cielo (SA:CIEL3) registrar queda no lucro do segundo trimestre, com a líder no mercado de meios de pagamentos no Brasil sofrendo crescente concorrência no setor e gastando mais para defender mercado.

A Cielo informou nesta segunda-feira que seu lucro ajustado do período somou 817,5 milhões de reais, recuo de 17,8 por cento ante mesma etapa de 2017. A companhia também anunciou que vai pagar 3,5 bilhões de reais em dividendos e juros sobre capital próprio referentes a este ano.

O desempenho operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi 1,147 bilhão de reais de abril a junho, queda de 10,3 por cento na comparação anual. A margem Ebitda seguiu a trajetória já longa de declínio, caindo seis pontos percentuais ano a ano, para 39,2 por cento.

O volume de transações de contas pagas por meio dos terminais da Cielo no trimestre foi 5,9 por cento menor do que em igual etapa do ano passado, movimento puxado pelo recuo nas operações com cartão de débito.

Além de lidar com a lenta recuperação da economia doméstica, a Cielo também enfrentou os efeitos da greve dos caminhoneiros, em maio, que impactaram "negativamente os números", embora a empresa não tenha detalhado o impacto.

A base de terminais de pagamentos (POS) da empresa caiu 1,77 milhão para 1,6 milhão em 12 meses encerrados em junho. A queda não foi maior devido ao início da venda de terminais Stelo, para microempreendedores. O movimento reflete em parte o esforço da Cielo de se concentrar em clientes maiores, limpando da base clientes que movimentam menos e dão pouca receita.

Consequentemente, além da queda na captura de transações, a Cielo teve no segundo trimestre uma queda anual de 29,4 por cento na aquisição de recebíveis, para 405,2 milhões de reais. Isso porque grandes clientes demandam menos antecipação de recursos.

Além da queda na receita, as despesas operacional subiram 14,2 por cento, para 428,3 milhões de reais, com um salto de 105,5 por cento nos gastos com vendas e marketing.

Os números chegam poucos dias após o diretor-presidente da Cielo, Eduardo Gouveia, ter surpreendido o mercado ao anunciar a renúncia ao cargo no último dia 13, após um ano e meio no comando da companhia, alegando questões familiares. Clovis Poggetti Junior, vice-presidente de finanças e de relações com investidores, acumula o cargo interinamente.

A saída se deu num momento de forte pressão sobre a Cielo, diante da multiplicação de rivais no mercado de meios eletrônicos de pagamentos e de ações regulatórias do Banco Central destinadas também a ampliar a concorrência.

Apesar da pressão concorrencial, a Cielo afirmou em seu relatório de resultados que a saída de Gouveia "em nada muda os passos a serem dados pela companhia" e que "trabalha para sustentar a sua liderança".

Falando à Reuters, Pogetti Junior afirmou que a empresa já vendeu 100 mil unidades dos terminais da Stelo, o que já ajudou a base total de equipamentos da empresa a subir entre abril e jnho, a primeira alta em 10 trimestres.

O executivo revelou ainda que a partir de agosto a Cielo passará a vender cartões pré-pagos para atender comerciantes de pequeno porte e microempreendedores.

"Com isso vamos atender principalmente clientes que não têm conta bancária", disse o executivo.

© Reuters. .

Segundo ele, o mercado de meios de pagamentos segue sofrendo os efeitos da elevada 'mortalidade de clientes', pequenos lojistas que fecham as portas, especialmente devido ao cenário ainda adverso da economia.

(Por Aluísio Alves)

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