Investing.com - As ações da Coinbase (NASDAQ:COIN) registravam firme alta no pregão desta quinta-feira, 13, em Nova York, mesmo após outro banco de Wall Street rebaixar a classificação da exchange de criptomoedas. Esse é o terceiro rebaixamento que a empresa sofre desde a semana passada, apesar da alta de 143% do papel no acumulado do ano.
Os analistas do Barclays reduziram a recomendação das ações da empresa para “underweight” (abaixo da média), mas elevaram o preço-alvo de US$ 61 para US$ 70. Esse novo alvo implica uma queda de 22% em relação ao preço de fechamento de ontem.
"A COIN teve receitas e custos melhores do que o esperado nos últimos trimestres, mas os volumes e o valor do USDC estão baixos, o problema regulatório deve durar mais tempo e as ações subiram muito recentemente. Não vemos muitos motivos para comprar, principalmente do ponto de vista dos fundamentos", escreveram os analistas em um relatório na quinta-feira.
Em junho, os volumes da exchange melhoraram um pouco em relação a maio, com uma desaceleração no ritmo de declínio. No entanto, os volumes do 2º tri foram muito piores do que os do período anterior, ao recuar 36% trimestre contra trimestre, segundo os analistas. As métricas de julho indicam outra grande queda similar aos níveis de maio.
“Pode estar havendo uma estabilização no valor do USDC, mas não sabemos quando vai melhorar. O problema regulatório deve continuar, e a concorrência no mercado dos EUA está aumentando com a entrada de novas exchanges e participantes.”
Além disso, os analistas observam que, apesar da valorização significativa das ações após o anúncio de um ETF de bitcoin à vista patrocinado pela BlackRock (NYSE:BLK), ele não reflete com precisão o potencial impacto futuro no P&L para a Coinbase como o custodiante e corretora principal.
Para o 2º tri, os analistas do Barclays estimam volume e receita 16% e 2% menores do que o consenso, respectivamente.
O Barclays não foi o único a piorar a avaliação da Coinbase.
Ontem, a Atlantic Equities mudou a recomendação do papel para “neutra”, mas aumentou o preço-alvo em US$ 10,00, para US$ 80,00, depois da alta de 60% desde a mínima. Os analistas disseram que o "risco/retorno está menos atrativo nesse nível por causa dos problemas regulatórios e do volume baixo".
Na semana passada, o Piper Sandler mudou a recomendação de “overweight” (acima da média) e diminuiu o preço-alvo em US$ 5, para US$ 60,00, afirmando que o movimento de alta das criptomoedas "não aumentou os volumes da COIN nos últimos trimestres e não sabemos quando vai sair um ETF de bitcoin spot".