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Combate à violência estimula empresas de defesa apesar de dúvidas sobre economia brasileira

Publicado 03.04.2019, 16:17
Atualizado 03.04.2019, 16:20
© Reuters. Pessoas observam armas em estande da Taurus na Laad, no Rio de Janeiro

Por Gabriel Stargardter

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Empresas de defesa e segurança globais reunidas na maior feira de segurança da América Latina, realizada nesta semana no Rio de Janeiro, esperam que as iniciativas de combate à violência Brasil impulsionem as vendas, apesar de se preocuparem com as incertezas econômicas e o clima político tenso.

Eleito com a promessa de combater a corrupção e a violência crescente, o presidente Jair Bolsonaro prometeu não ter perdão com os criminosos, mas suas primeiras semanas no cargo foram ofuscadas por disputas internas, atritos com o Congresso e uma economia vacilante, que estão prejudicando seus índices de aprovação e provocando dúvidas sobre a capacidade de honrar promessas.

"As preocupações com a segurança pública são um assunto de destaque, seja em eleições presidenciais ou estaduais, e certamente esperamos que isso traga bons resultados para nossa empresa", disse Elton Borgonovo, gerente nacional de Motorola Solutions (NYSE:MSI), que divulga sua tecnologia de câmeras corporais.

Bolsonaro está tendo dificuldade para fazer avançar a prioritária reforma da Previdência, abrir a economia do país e acelerar a recuperação após uma longa recessão.

Para empresas que dependem de contratos com governos estaduais e federais, o sucesso provavelmente dependerá do estado das finanças públicas brasileiras, disse Jean-Luc Alfonsi, vice-presidente da Helibras, fabricante de helicópteros e subsidiária da Airbus (PA:AIR).

Por isso a aprovação da reforma previdenciária é crucial, acrescentou, sendo uma condição necessária para os governos brasileiros e os consumidores particulares terem estabilidade financeira para fazer grandes compras.

"As finanças públicas são resultado de políticas, então estamos esperando para ver se o novo governo e parlamentares trabalharão juntos para clarear a política orçamentária do país", disse.

Marcos Fellipe, representante de vendas da companhia de produtos químicos, de defesa e aeroespacial IPI do Brasil, unidade local da empresa norte-americana Island Group Enterprises, disse ter esperança de que Bolsonaro afrouxará as restrições comerciais e atacará a burocracia.

"Mas até agora, não vi nenhuma mudança", observou, acrescentando que, depois de participar de três edições da Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa (Laad, na sigla em inglês), nunca viu uma mais vazia, o que atribuiu ao estado da economia brasileira.

Pouco depois de tomar posse, Bolsonaro assinou um decreto tornando mais fácil a compra de armas -- uma medida que Fellipe achava que reforçaria seu negócio de munição. No entanto, ele disse que o movimento para afrouxar os controles de armas, que ele chamou de "tímido", não teve nenhum efeito perceptível nas vendas.

Um dos ganhadores imediatos do decreto de armas de Bolsonaro foi a fabricante brasileira de armas Taurus (SA:FJTA4), cujas ações subiram antes da medida, mas desde então caíram.

Falando na Laad na terça-feira, o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, elogiou o governo Bolsonaro.

"O Brasil está em uma fase melhor. Nós acreditamos que esse governo realmente vai trazer crescimento para o nosso país e nosso segmento, evidentemente, as coisas vão melhorar muito", disse ele à Reuters.

Outros, no entanto, queriam de ver o Brasil se abrir mais, com novas propostas para empresas internacionais que tem sofrido para se consolida em toda a América Latina nos últimos anos.

"Eu gostaria de ver mais negócios... e espero que o Brasil saia da crise para impulsionar esses projetos", disse Bernhard Brenner, vice-presidente executivo de marketing e vendas da Airbus Defence and Space.

© Reuters. Pessoas observam armas em estande da Taurus na Laad, no Rio de Janeiro

Ele acrescentou que ainda é cedo demais para saber se o foco de Bolsonaro em questões de defesa se traduzirá em melhores vendas.

"Pergunte-me daqui a dois anos", disse.

(Reportagem adicional de Sérgio Queiroz)

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