NOVA YORK (Reuters) - As companhias dos Estados Unidos devem divulgar o pior recuo de vendas em aproximadamente seis anos, quando divulgarem os resultados do segundo trimestre, dando aos investidores motivos de preocupação sobre os lucros futuros.
As empresas têm conseguido direcionar os resultados de 2015 cortando custos, uma prática a que recorrem durante crises, assim como a recompra de ações para aumentar os lucros por papel.
A questão é por quanto tempo as empresas do S&P 500 podem suportar uma desaceleração nas vendas, que foram atingidas por uma queda nas receitas das companhias de energia e um dólar forte.
A receita das empresas do S&P 500 para o primeiro trimestre deve cair 3,9 por cento na comparação anual, de acordo com dados da Thomson Reuters, marcando o declínio mais acentuado desde o terceiro trimestre de 2009. Este resultado acompanha um recuo de 3,1 por cento nas vendas do primeiro trimestre.
"Nós sabemos que, ao longo do tempo, não será sustentável ver o crescimento dos ganhos conforme as vendas continuarem a enfraquecer", disse Nick Raich, fundador da The Earnings Scout, uma empresa de pesquisa independente.
O setor de energia está difcultando as vendas das S&P 500, atingido por uma queda de cerca 50 por cento nos preços do petróleo nos EUA desde junho de 2014. A exepectativa é que a receita do setor tenha recuo de 35 por cento no segundo trimestre, representando de longe o maior entrave no índice.
(Por Caroline Valetkevitch)