Zagreb, 13 abr (EFE).- A Croácia enfrenta neste sábado um dia de reflexão antes das suas primeiras eleições europeias para escolher os 12 deputados que representem o país na Eurocâmara quando se tornar, no dia 1º de julho, o 28º membro da União Europeia (UE).
Cerca de 3,7 milhões de croatas elegerão seus representantes entre 336 candidatos de 28 listas apresentadas por 40 partidos, e 12 candidatos independentes, após uma das mais breves campanhas eleitorais da história do país.
A rapidez da campanha, a falta de interesse por parte de uma população que vê as instituições europeias muito afastadas e a crise pela qual passa o país, que elevou o desemprego até 21%, são os motivos pelos quais se prevê que a participação seja baixa, de cerca de 45%, segundo pesquisas.
Um dos aspectos que mais atraíram a atenção da imprensa é o alto salário dos eurodeputados, de cerca de 8 mil euros mensais, um dado que indignou e surpreendeu muitos dos cidadãos entrevistados.
O mandato dos europarlamentares croatas que forem escolhidos no domingo durará somente de 1º de julho até as eleições para o Parlamento Europeu que em 2014 acontecerão em toda a UE.
Segundo as pesquisas publicadas na semana passada, a maioria dos votos irá para a coalizão governante da centro-esquerda liderada pelo Partido Social-Democrata (SDP), que pode conseguir seis eurodeputados.
Em seguida, virá a coalizão da centro-direita liderada pela conservadora União Democrática Croata (HDZ), que chegaria a cinco parlamentares, enquanto o Partido Trabalhista conseguiria apenas uma cadeira europeia.
"Valentemente rumo a Europa" foi o lema de campanha do SDP, que defendeu os direitos humanos, o Estado de direito e a recuperação econômica, enquanto a conservadora HDZ destacou o lema "A voz croata na Europa" e insistiu em valores "autenticamente croatas e patrióticos". EFE