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Economia, o maior inimigo de Obama em sua campanha pela reeleição

Publicado 01.09.2012, 13:28
Atualizado 01.09.2012, 13:42

Miriam Burgués.

Washington, 1 set (EFE).- O enfraquecimento da economia americana, acentuado por um alto índice de desemprego e a crise na Europa, é o principal inimigo das aspirações de reeleição do presidente Barack Obama e o tema que domina as críticas republicanas à sua gestão.

Os Estados Unidos deixaram para trás os momentos mais complicados da crise, ao contrário da Europa, e sua economia cresce, mas lentamente, o que desperta preocupação entre os eleitores, segundo todas as pesquisas.

"Para muitos americanos, parece que ainda estamos em recessão", porque o desemprego continua elevado (8,3%) e há um grande número de execuções hipotecárias, afirmou à Agência Efe Mark Weisbrot, codiretor do Centro para Pesquisa Econômica e Política (CEPR).

A lenta recuperação econômica, "seja ou não culpa do presidente, reduz suas possibilidades" de ser reeleito, na opinião de Stephen Johnson, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

No entanto, restam dois meses para as eleições de 6 de novembro, e se nesse tempo houver "indicadores positivos", como uma redução da taxa de desemprego ou um aumento da despesa dos consumidores, o presidente pode lançar mão deles para afirmar que a economia está na direção correta.

Essa é a opinião de Thomas Schwartz, professor de Ciências Políticas da Universidade Vanderbilt (Tennessee), que no entanto disse à Efe que a crise na Europa pode continuar a ser "um empecilho" para os EUA e "pôr em risco" as aspirações de Obama.

O governante sabe que sua reeleição está intimamente ligada à recuperação econômica do país, que por sua vez depende da evolução da situação na Europa.

Por isso, no pouco tempo que Obama dedicou à política externa neste ano eleitoral, concentrou-se em pedir aos líderes europeus que tomem medidas para abreviar a crise, em cúpulas como a do G8 em Camp David (EUA) e a do G20 em Los Cabos (México).

Se a situação na Europa "piorar, como no começo do ano, pode ter um impacto nos Estados Unidos" e afastar de Obama alguns eleitores indecisos, advertiu Weisbrot.

Segundo ele, as políticas econômicas que Obama aplicou contra a crise "foram boas e ajudaram a salvar 2 milhões de postos de trabalho", mas seu plano de estímulo foi incapaz de compensar a perda de despesas que provocaram o colapso da bolha imobiliária e o corte dos orçamentos estatais.

Esse plano, cotado em US$ 787 bilhões e lançado por Obama pouco após sua chegada à Casa Branca, era "necessário", segundo Schwartz. Ele acredita que a reforma estabelecida em prol do seguro médico obrigatório, aprovada em 2010, "criou incerteza e pode ter atrasado a recuperação econômica".

Para Johnson, o governo de Obama contribuiu para desacelerar a recuperação com um aumento das despesas sociais, transformando o país em "anti-empresarial".

"Em nosso desejo de ter um país mais seguro, tornamos mais difícil investir nele", alegou Johnson à Efe.

Obama lembra em muitos de seus discursos que herdou a crise mais profunda desde a Grande Depressão, e também que quase todas as suas medidas econômicas, como um ambicioso plano de emprego apresentado em setembro do ano passado, foram bloqueadas no Congresso pela oposição republicana.

Os republicanos alegam que o presidente está administrando mal a economia, e seu candidato presidencial, Mitt Romney, apresenta sua experiência nos negócios como aval para recolocar o país a caminho do crescimento.

De fato, a economia é "quase o único" argumento usado pela campanha de Romney em seus ataques a Obama, já que o presidente tem reconhecidas conquistas em segurança e em política externa, segundo Allan Lichtman, professor de História na American University.

Uma pesquisa do "The Washington Post" e da rede de televisão "ABC" divulgada nesta semana mostra que 72% dos eleitores consultados afirmam que a economia será um "fator fundamental" quando forem às urnas.

Para 46%, Romney faria um melhor trabalho para recuperar a economia, e 44% continuam apostando na gestão de Obama para um segundo mandato. EFE

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