Investing.com - As ações da Ecorodovias (SA:ECOR3) são negociadas com valorização de 0,94% a R$ 9,64, com o mercado reagindo bem os números do balanço trimestral divulgado pela companhia. O crescimento do lucro foi de 50% no primeiro trimestre, apoiado no maior volume do tráfego nas rodovias administradas pela companhia, reajuste de tarifas de pedágio e menores despesas financeiras.
A Coinvalores destaca que o bom controle de custos favoreceu as margens da companhia, que viu o tráfego das suas estradas crescer apenas 2,0% na comparação com o primeiro período do ano passo e nesse ano o efeito da inflação nos reajustes dos pedágios também foi bem menor (tarifa média evoluiu 3,5% em doze meses), o que contribuiu, na visão dos analistas, para o bom avanço no Ebitda, com elevação de 3,4 ponto percentual na margem.
Apesar dos bons números, a corretora alerta para o risco que envolve a empresa que é investigada em um escândalo de pagamento de propinas, em caso que é fruto das investigações da Lava Jato.
A operadora de concessões de infraestrutura, que no início do ano venceu a concorrência pelo trecho Norte do Rodoanel em São Paulo, disse nesta quarta-feira que seu lucro líquido do período somou 146,7 milhões de reais, 49,6 por cento maior ante mesma etapa de 2017.
O lucro líquido contábil, que serve de referência para remuneração aos acionistas, somou 149,65 milhões de reais, aumento de 49,6 por cento na comparação anual.
O aumento de 2 por cento do tráfego consolidado nas concessões administradas pela companhia, somado à alta de 3,5 por cento da tarifa média ajudaram a receita líquida pró-forma a atingir 661,6 milhões de reais, alta de 5,7 por cento ano a ano.
Já o resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) pro-forma cresceu 10,7 por cento na mesma base, para 490,1 milhões de reais. A margem Ebitda subiu 3,4 pontos percentuais, a 74,1 por cento.
Além do melhor desempenho operacional, o resultado financeiro negativo teve redução de 19,5 por cento, a 103,7 milhões de reais, refletindo entre outros fatores o efeito da queda do juro sobre o custo da dívida.