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Emoções e investimentos andam juntos?

Publicado 10.02.2023, 16:42
Atualizado 15.02.2023, 12:35

Investing.com - Emoções e decisões de investimentos racionais não se misturam? Enquanto normalmente, os investidores buscam racionalizar suas estratégias, verificar qual o papel do cenário emocional pode também ser um diferencial para os agentes econômicos.

O clima emocional de informações disponíveis publicamente sobre a economia no Brasil possui correlação direção da movimentação do principal índice do mercado de ações do país, o Ibovespa, segundo uma pesquisa desenvolvida pela Delta Analytics, em parceria com a LatAm Intersect PR.

O objetivo do levantamento é trazer uma análise adicional para dar uma vantagem competitiva ao investidor. O estudo visa medir e comparar o papel das emoções a respeito de notícias e falas na web sobre e economia e trazer uma correlação com a perspectiva para o mercado de ações. Os dados do Composto Emocional são publicados 4,5 horas à frente da abertura da do Ibovespa e apontariam a direção do índice em mais de 50% das vezes.

Fonte: Delta Analytics e LatAm Intersect PR

“Tipicamente, a emoção é afastada da decisão. Mas a realidade é de que a emoção joga um papel importante no mercado, como pode ser verificado na pesquisa”, afirma Roger Darashah, co-fundador da LatAm Intersect PR. “Infra-racionalidade é o conceito do papel das emoções no movimento, das mudanças do mercado, que não são racionais tipicamente, porque não se trata de fundamentos, mas de emoções, que são difíceis de medir”, completa.

Os pesquisadores estão ajustando o algoritmo para ter nível certeza maior a cada mês, sendo que em janeiro o nível de certeza foi de 76%. “Podemos antecipar a direção do movimento do mercado no dia seguinte. As cifras do índice são publicadas cinco horas antes da abertura do mercado. Em 61% dos casos, elas indicam a direção do movimento do mercado, conforme setembro, outubro, novembro e dezembro”, aponta Darashah.

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Entenda a pesquisa

A Delta Analytics e a Latam Intersect PR utilizam a tecnologia HyperSearch para dados locais de mercado de ações visando analisar o nível em que emoções sociais e coletivas poderiam estar ligadas a oscilações de preços nos ativos.

A pesquisa realiza um rastreamento de emoções como medo, raiva e felicidade e depois converte em valores numéricos, por meio de um algoritmo próprio. Os chamados compostos emocionais são gerados a cada manhã, bem antes da abertura do mercado.

De acordo com os pesquisadores, o Ibovespa possui como particularidade um relativo isolamento em termos de fluxo global de informações, comparado a outros mercados, como Estados Unidos e Reino Unido. Análises iniciais em índices no México e Chile sugerem que estes mercados seriam mais suscetíveis a informação e influências além do cenário local.

Abordagem comportamental para investir

Ainda que as emoções coletivas tenham peso e possam indicar qual será o sentimento e direção do mercado, algumas estratégias podem ser utilizadas pelo investidor individualmente para evitar que as suas emoções tenham excesso de impacto negativo nos próprios investimentos. “Nosso comportamento impacta todas as nossas decisões, nos investimentos isso não seria diferente. Para todo efeito comportamental, existe um gatilho racional para impedir aquele comportamento”, destaca o colunista do Investing.com Brasil Carlos Heitor Campani, que é PhD em Finanças, sócio da CHC Consultoria e Diretor Acadêmico da Iluminus Academia de Finanças. Campani orienta que o investidor tenha estratégias e metas de investimentos bem definidas e com regras claras, que possam ser revisadas com calma. “Assim a pessoa não compra ou vende de supetão. É claro que, quando existe uma crise, como o caso da Americanas, por exemplo, a pessoa pode rever a sua estratégia com calma”.

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No entendimento de Campani, é comum que os investidores sejam otimistas demais na vitória e pessimistas demais na derrota. Comportamentos exagerados devem ser evitados e, para isso, uma das dicas é esperar pelo menos um dia antes de tomar qualquer decisão importante.

Além disso, Campani orienta que o investidor não tenha posições muito pesadas em qualquer ativo e se, houver superexposição, ele precisa rever a estratégia. Além disso, a definição do perfil é importante, pois se o investidor fica nervoso ou não consegue dormir devido a alguma exposição, claramente o risco na carteira está acima do que deveria. Ainda, é preciso evitar o apego excessivo com ativos cujos fundamentos não são promissores, mesmo diante de perdas.

“A pessoa tem que saber que ela pode perder se ela almeja ganhar mais do que a Selic, por exemplo. Ela tem que saber o quanto ela pode perder, e temos conceitos técnicos para isso, como o VAR, qual o valor em risco que o investidor pode perder em um dia na carteira em momento de estresse”.

A situação mental e psicológica é motivo de preocupação da maior parte dos investidores, na visão de Roberto Indech, estrategista-chefe da Clear. “Tem clientes que ganham, em 30 pregões, 25 ou 26 dias, possuem constância muito boa, mas no restante eles devolvem tudo. Muitas vezes, por não aceitar a perda”.

Entre as medidas de segurança para traders no curto prazo, Leandro de Checchi, analista de investimentos da Clear, indica aprender a operar vendido. “Quando o mercado cai e você tem uma posição em carteira que é boa, se você acha que o mercado vai cair, mas não quer zerar aquela posição, pode operar em um contrato futuro de índice vendido, uma empresa que esteja com fundamento ruim, como alguma de varejo, por exemplo, para fazer uma estratégia de long and short, conseguindo ganhar também um pouco diante de uma queda”.

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Pensando no longo prazo, o analista orienta que o investidor não deve se preocupar tanto com oscilações mais curtas. Para se proteger, é possível realizar operações com derivativos. “Pode fazer um lançamento coberto para se proteger de uma queda até tal nível, e se subir, também ganha um pouco, é uma forma relativamente simples”, indica de Checchi.

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