NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia espera crescimento de cerca de 7 por cento na primeira metade do próximo ano fiscal, disseram duas autoridades, pintando um cenário mais favorável para a economia do que muitos economistas após a decisão do primeiro-ministro, Narendra Modi, de abolir cédulas altas.
Quase 90 por cento das transações costumavam ser em dinheiro na Índia, que sofreu uma grave escassez de moeda após a decisão de Modi em 8 de novembro de recolher da noite para o dia notas de 500 e 1 mil rúpias (7,5 dólares e 15 dólares).
Vários economistas privados têm dito que a medida poderia pressionar o crescimento no próximo ano fiscal para 6,5 por cento a 7 por cento, pois as pequenas empresas demitiram trabalhadores, a demanda do consumidor caiu e a agricultura de inverno foi afetada.
A desmonetização tornou-se uma grande questão eleitoral nos Estados que irão às urnas neste ano.
As notas, que respondem por 86 por cento do dinheiro em circulação, foram retiradas em um esforço para acabar com a economia paralela da Índia, aumentar as receitas tributárias e promover o uso de contas bancárias e transações digitais, mas as percepções de que a operação ambiciosa foi mal feita tem atingido a avaliação de Modi.
(Por Manoj Kumar e Mayank Bhardwaj)