Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - Os reguladores de segurança automotiva dos Estados Unidos disseram nesta sexta-feira que abriram investigação sobre o sistema de direção autônoma em veículos da Cruise, empresa de táxis-robô da GM.
A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) disse que recebeu notificações de incidentes nos quais os veículos autônomos "podem travar de forma inadequada ou ficar imóveis".
A agência disse que, embora ambas as questões "pareçam distintas, cada uma delas resulta em veículos se tornando obstáculos inesperados na estrada". A avaliação preliminar da agência de segurança abrange 242 veículos autônomos Cruise e é o primeiro passo antes de solicitar um recall.
A investigação segue relatos de três acidentes em que os carros da Cruise foram atingidos na parte traseira por outros veículos após frearem repentinamente.
A empresa disse que "seus veículos acumularam quase 1 milhão de quilômetros percorridos de forma totalmente autônoma em um ambiente urbano extremamente complexo, sem ferimentos ou fatalidades com risco de vida. Continuaremos a cooperar totalmente com a NHTSA ou qualquer regulador."
A agência disse que planeja avaliar completamente os possíveis problemas relacionados à segurança e revisará "a lógica de segurança e semelhança dos incidentes de frenagem brusca" e a "frequência, duração e consequências de segurança associadas aos incidentes de imobilização do veículo".
A NHTSA disse que os problemas "podem apresentar vários riscos potenciais, como colisão com um veículo Cruise, risco para um passageiro retido ao sair de um veículo Cruise imobilizado ou obstrução de tráfego, incluindo veículos de emergência".
A agência disse ter três relatórios de sistema de direção automatizada de veículos Cruise "iniciando uma manobra de frenagem brusca em resposta a outro usuário da estrada que se aproximava rapidamente pela traseira. Em cada caso, o outro usuário da estrada posteriormente atingiu a traseira do veículo equipado com o sistema autônomo".
A Cruise disse que a polícia não multou seus veículos em nenhuma das três colisões.
(Por David Shepardson)