Madri, 30 set (EFE).- A queda da atividade econômica e do emprego
está moderando na Espanha nos últimos meses, mas a melhora do
consumo foi "interrompida", segundo o mais recente boletim econômico
do Banco da Espanha (autoridade monetária), publicado hoje.
O banco central indica que os indicadores mais recentes mostram
um "arrefecimento" no ritmo de queda da atividade nos últimos meses.
Esta moderação também é observada no emprego, com uma "evolução
menos negativa", apesar de o total de desempregados na Espanha ter
ficado em agosto em 3.629.080 pessoas.
O Banco da Espanha adverte que há outros componentes da economia
que não decolaram, como o consumo privado e a confiança, tanto dos
cidadãos quanto de setores como o comércio.
Assim, afirma que os indicadores que medem a despesa das famílias
"interrompeu" a melhoria dos meses anteriores, enquanto a confiança
dos consumidores se manteve estável em agosto, e a dos comerciantes
no varejo piorou ligeiramente.
Mais otimista se mostra o investimento, especialmente o destinado
a bens de capital, que tem uma evolução "um pouco mais favorável",
mas dentro de um tom geral "deprimido".
Também se moderou a contração do investimento em construção,
setor no qual a queda do emprego está sendo menos intensa do que
antes.
Sobre a demanda externa, o Banco da Espanha avalia que está
atenuando o retrocesso do comércio exterior, e assim destaca as
quedas menos pronunciadas das exportações, que se transformam
inclusive em melhoras, no caso das vendas de bens de capital.
Já a queda das importações em julho continuou sendo mais alta que
a das exportações, mas também desaceleraram a baixa.
O Banco da Espanha avalia que as quedas da produção industrial
também atenuaram, e que o emprego neste setor mostra uma evolução
menos negativa.
Os serviços também registram desaceleração em sua queda, tanto na
atividade quanto no emprego. EFE