Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

EXCLUSIVO-Dreyfus e Olam têm maior salto em exportação de soja do Brasil em 2018

Publicado 10.12.2018, 16:18
Atualizado 10.12.2018, 16:18
© Reuters. Trabalhador inspeciona grãos de soja em Campos Lindos, no Brasil

Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - A Louis Dreyfus Company (LDC) e a Olam International foram, dentre as gigantes tradings de commodities agrícolas, as que mais impulsionaram embarques de soja do Brasil em 2018, na esteira de uma safra recorde no país e aumento de envios à China, em meio à guerra comercial da nação asiática com os Estados Unidos.

Após investimentos no país, a Dreyfus exportou de janeiro a novembro 30,5 por cento mais soja brasileira, com 10,56 milhões de toneladas, conforme dados da agência marítima Williams compilados pela Reuters. O volume representa cerca de 13 por cento de tudo o que o Brasil, o maior exportador da oleaginosa, vendeu no período.

A exportação da Dreyfus supera ligeiramente o total de 10,49 milhões de toneladas de soja embarcada pela chinesa Cofco, que também teve aumento expressivo no período, de 22 por cento.

Caso a Dreyfus se mantenha à frente da chinesa em dezembro, deve terminar o ano na terceira posição entre os maiores exportadores de soja do Brasil, atrás apenas da líder absoluta, Bunge, e da Cargill.

"Um fator importante é o tamanho da safra, que sempre influencia, mas não é ao acaso. Não estamos esperando a safra ficar grande para crescer. A Louis Dreyfus tem feito investimentos em infraestrutura ao longo dos anos", afirmou o diretor-executivo de Oleaginosas da empresa no Brasil, Luis Barbieri.

Os resultados de 2018 até o momento mostram como as companhias tradicionais, integrantes do chamado ABCD (ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus), estão lidando com a atuação da chinesa Cofco, que se consolidou entre os maiores exportadores de grãos do Brasil em 2017.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Segundo Barbieri, a Dreyfus está "colhendo agora os frutos desses investimentos", que giraram em torno de 500 milhões de reais por ano nos últimos anos, considerando-se todos os negócios da companhia.

Barbieri explicou que a trading conta atualmente com maior capacidade de transporte de soja no Arco Norte, com 64 barcaças e sete empurradores pelos rios da Amazônia, o que favorece o escoamento da oleaginosa.

Além disso, o Tegram, terminal de grãos no Maranhão, um dos mais novos do Brasil, que tem a empresa como sócia, rodou em 2018 pela primeira vez "à plena capacidade".

"Acho que um dos fatores importantes para se atingir esse crescimento acima da média do mercado foram nossos investimentos em infraestrutura. Outro ponto foi nosso foco de estar próximo do produtor rural", afirmou Barbieri, preferindo não comentar sobre os números levantados pela Reuters a partir de line-ups da Williams.

CHINA

O apetite chinês pela soja brasileira também tem ajudado tradings com atuação no país sul-americano.

A Olam International, com forte presença na Ásia, expandiu suas exportações de soja do Brasil em 237,2 por cento entre janeiro e novembro, na comparação anual, para 5,85 milhões de toneladas.

"Nosso aumento nos volumes está em linha com o aumento do fluxo de comércio de soja do Brasil para a China, impulsionado pelas restrições comerciais entre Estados Unidos e China", afirmou a trading em nota por e-mail.

Os produtores brasileiros foram muito beneficiados neste ano pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Em meio a diversas retaliações, Pequim impôs uma taxa de 25 por cento sobre a commodity norte-americana, o que levou os chineses a se voltarem à oleaginosa brasileira.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Beneficiado também por uma safra recorde de cerca de 120 milhões de toneladas, o Brasil vem embarcando volumes históricos à China e deve fechar o ano com vendas de cerca de 82 milhões de toneladas.

A própria Louis Dreyfus também teve seus negócios ajudados pela China. Em setembro, a empresa abriu em Tianjin, no norte chinês, sua nova planta processadora de oleaginosas, em um plano de expansão no maior consumidor global de soja.

Dentre as outras grandes tradings com atuação no Brasil, a Bunge elevou suas exportações de soja em 9 por cento até agora em 2018, para 16,64 milhões de toneladas, enquanto a Cargill manteve certa estabilidade, em 11,35 milhões de toneladas, conforme os dados da Williams.

A Archer Daniels Midland (ADM) viu seus embarques crescerem 12,6 por cento, para 8,20 milhões de toneladas. Já a Marubeni exportou 5,6 por cento menos, com quase 9 milhões de toneladas.

(Por José Roberto Gomes)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.