Taxas futuras recuam com impasse comercial entre Brasil e EUA e falas de Galípolo no radar
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações totais de ovos do Brasil, incluindo produtos frescos e processados, aumentaram quase 305% para 5.259 toneladas métricas em julho, refletindo a forte demanda dos Estados Unidos após o surto de gripe aviária, de acordo com dados compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e divulgados nesta segunda-feira.
Os EUA recorreram ao Brasil depois que a gripe aviária reduziu a oferta doméstica de ovos, aumentando os preços e a inflação. No entanto, o presidente Donald Trump impôs uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, incluindo ovos, em 6 de agosto.
Nos primeiros sete meses de 2025, os EUA foram o principal destino das exportações brasileiras de ovos, com 18.976 toneladas embarcadas para lá no período, representando um aumento de 1.419% e quase US$41 milhões em vendas, disse a ABPA.
Apesar da forte demanda dos EUA por ovos, a tarifa sobre as importações brasileiras de alimentos, incluindo café, carne bovina e ovos, corre o risco de reduzir o comércio.
A ABPA disse que ainda não podia prever o impacto das tarifas sobre o comércio de ovos.
"Existe a possibilidade de manutenção do fluxo (comercial), uma vez que a demanda norte-americana continua alta diante da escassez do produto", disse Ricardo Santin, presidente da ABPA, no comunicado.
Outros grandes compradores de ovos brasileiros foram o Chile, o Japão e o México, segundo os dados.
(Reportagem de Ana Mano)