SÃO PAULO (Reuters) - A greve de policiais civis, militares e de parte dos agentes penitenciários do Rio Grande do Norte chegou ao segundo dia nesta quinta-feira e o governador do Estado, Robinson Faria (PSD), prometeu acertar os salários atrasados até o final de janeiro na tentativa de pôr fim à paralisação que o levou a pedir auxílio das Forças Armadas.
Além do pedido para que militares das Forças Armadas ajudem no policiamento do Estado, Faria também negociou em Brasília a obtenção de recursos para acertar os vencimentos atrasados. Ele prometeu pagar os salários de novembro até 29 de dezembro, o 13º salário até o dia 10 de janeiro e os vencimentos de dezembro até 30 de janeiro.
"Após 120 dias de intensa atuação em Brasília na busca por recursos federais, ficou acertado o valor de 600 milhões de reais para o Rio Grande do Norte. Esse valor será liberado na forma de medida provisória, o que levará três dias úteis", disse o governador em sua conta no Twitter.
"Estou empenhado com todas as minhas forças, 24 horas por dia, para superarmos essa crise", acrescentou.
O governo potiguar também pediu ao governo federal o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública que já atua no Estado.
O efetivo da tropa federal que já está no Rio Grande do Norte tem aumentado a quantidade de horas trabalhadas para assegurar o policiamento, assim como algumas equipes de batalhões policiais especializados, disse a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social potiguar.
A secretaria informou por meio de sua assessoria de imprensa que tem monitorado a situação de segurança no Estado e que, até o momento, ainda não identificou uma alteração significativa no número de ocorrências.
(Reportagem de Eduardo Simões)