Garanta 40% de desconto
🚨 Mercados voláteis? Descubra joias escondidas para lucros extraordináriosDescubra ações agora mesmo

Frigoríficos têm o pior desempenho com exportação desde 2018

Publicado 08.11.2021, 14:00
Atualizado 08.11.2021, 14:40
© Reuters Frigoríficos têm o pior desempenho com exportação desde 2018

A conta finalmente chegou aos exportadores de carne bovina. O embargo às vendas para a China que deveria, mas não foi cumprido em setembro, surtiu efeito no último mês de outubro. Sem poder vender ao país asiático, os embarques de carne bovina tiveram o pior desempenho mensal desde junho de 2018. Naquela época, as vendas externas foram atingidas pela greve dos caminhoneiros, que parou o Brasil por mais de uma semana, impedindo a chegada de cargas aos portos.

Os dados do Ministério da Economia mostram que as exportações do mês passado somaram 85,9 mil toneladas. O volume representa uma retração de 48,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 166,4 mil toneladas. Em relação a setembro deste ano, quando teve início o embargo e ainda assim as exportações bateram recorde, com 191,02 mil toneladas embarcadas, a queda foi de 55%.

A retração nas exportações do mês passado está em linha com o peso que o mercado chinês tem para os frigoríficos brasileiros. De modo geral, a China é o destino de metade de toda carne bovina exportada pelo Brasil, tendo representado fatias ainda superiores a 50% em alguns meses, como tem ocorrido desde maio deste ano. Em dezembro do ano passado, por exemplo, os chineses compraram 60% de toda carne vendida pelo Brasil.

Mesmo com o embargo imposto pelo Ministério da Agricultura do Brasil em 4 de setembro deste ano, após a confirmação de dois casos atípicos de ‘vaca louca’, foram embarcadas para a China em outubro 8,2 mil toneladas de carne bovina. O volume representa uma queda de 90% em comparação a outubro de 2020, quando os chineses receberam 84,6 mil toneladas de carne brasileira.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Ainda não se sabe o que vai acontecer com a carne exportada em setembro, muito menos com a embarcada em outubro. A carne exportada nos últimos dois meses corre o risco de não ser liberada para acessar o mercado interno da China. Com isso, existe a chance das cargas ficarem paradas no porto aguardando por uma definição, serem devolvidas ao Brasil, destinadas a outro país ou mesmo serem destruídas, o que é o menos provável.

Tentativas frustradasApesar das muitas tentativas de retomada das exportações para a China, os frigoríficos nacionais seguem sem autorização para vender a seu maior cliente. No início de setembro, logo após a confirmação dos casos e a suspensão dos embarques, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, procurou o governo de Pequim para pedir uma reunião e tentar evitar que o problema se prolongasse por muito tempo. Fontes da China informaram que a Administração Geral da Alfândegas da China (GACC), órgão responsável pelo assunto, não foi autorizado a atender a ministra brasileira.

Não satisfeita com a porta fechada na primeira tentativa, a ministra buscou ainda em setembro abordar o ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, durante o encontro ministerial do G-20, realizado na Itália. Apesar do pedido antecipado para uma agenda paralela ao evento, não obteve sucesso mais uma vez.

Já em outubro, a ministra enviou uma carta oficial a Pequim, se colocando à disposição para ir pessoalmente ao país para tentar encontrar uma solução para o caso. Dias depois, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, e o de Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, conversaram sobre o assunto, mas nada de muito concreto foi efetivado.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

As áreas técnicas dos dois países têm mantido conversas para aparar eventuais arestas e tentar acelerar a retomada. Uma fonte da China informou à Bloomberg Línea que Pequim gostaria de ter uma sinalização de instâncias superiores do Executivo brasileiro. Na prática, uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, até o momento, o Palácio do Planalto ainda não fez qualquer tipo de movimento no sentido de oferecer um afago aos chineses.

Ver mais em Bloomberg Línea Brasil

Últimos comentários

Então vai sobrar carne para os brasileiros ?
Ah será cara nossa Deus te ouça
Isso que dá focar em apenas um "parceiro comercial"; a China tem costume de fazer esse tipo de coisa para derrubar os preços.
 Eles estão fazendo isso para fomentar o mercado interno de carne suína que está sofrendo com preços baixos e quebra de produtores. O negócio não está nada bom na China.
Não se esqueça que o BOZO e o E Araujo tripudiaram a China de tudo quanto foi jeito ...eles são soberanos...nós somos o que?
esse governo fascistas transformou o Brasil em pária mundial...
Que ótimo. Agora veremos até onde irá essa anarquia com os preços para o mercado interno brasileiro.
Agro é pop!
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.