Por Yeganeh Torbati
WASHINGTON (Reuters) - Um dos três enviados científicos do Departamento de Estado norte-americano renunciou publicamente nesta quarta-feira, na saída mais recente em uma onda de renúncias por conta da resposta do presidente Donald Trump a uma manifestação nacionalista branca em Charlottesville, na Virgínia.
Daniel Kammen, professor da Universidade da Califórnia em Berkley, disse em carta publicada em sua conta no Twitter que Trump fracassou em condenar supremacistas brancos e neonazistas, parte de “um padrão mais amplo de comportamento que possibilita sexismo e racismo, e desconsidera o bem-estar de todos os americanos, da comunidade global e do planeta”.
Trump disse a repórteres na semana passada que “ambos os lados” eram culpados pela violência entre supremacistas brancos e contra-manifestantes na Virgínia em 12 de agosto, e disse que havia “pessoas muito boas” entre as que participaram na manifestação nacionalista branca.
Os enviados científicos trabalham como voluntários não remunerados e se engajam com autoridades científicas governamentais e não governamentais ao redor do mundo.
Em sua carta, Kammen também criticou a decisão de Trump de deixar o Acordo Climático de Paris. As primeiras letras de cada parágrafo formam a palavra “IMPEACH”.
Kammen e a Casa Branca não responderam pedidos de comentários. A porta-voz da Casa Branca Julia Mason disse que Kammen “tomou uma decisão pessoal de renunciar”.