SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) fez proposta ao Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) de redução de jornada de seus trabalhadores mediante corte de 25% nos salários por quatro meses, afirmou a entidade nesta segunda-feira.
O sindicato informou que é contra a proposta, mas a oferta será apresentada aos trabalhadores da fábrica da montadora norte-americana, que emprega cerca de 3.800 funcionários na unidade, na tarde desta segunda-feira.
A GM afirmou em comunicado tem tomando medidas que visam proteger a saúde dos funcionários em meio à pandemia de Covid-19, "ao mesmo tempo em que busca alternativas para garantir o futuro do negócio", confirmando que entre as opções esta o layoff e corte de jornada, "ambas com impacto de redução salarial".
"Importante ressaltar que essas medidas são emergenciais e temporárias, tendo como objetivo a preservação dos empregos, contribuindo com os esforços do governo federal e governos estaduais e municipais", afirmou a montadora em comunicado.
O regime de jornada reduzida começaria em 14 de abril, segundo a proposta, afirmou o sindicato. "Nesse período, parte dos salários seria paga com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O restante seria pago pela GM", segundo o sindicato.
Uma nova reunião entre a empresa e a entidade foi marcada para a quarta-feira.
Os trabalhadores da GM em São José dos Campos, que produzem na fábrica a picape S10, iniciaram nesta segunda-feira período de férias coletivas, mas por meio de licença remunerada e sem redução dos salários, afirmou o sindicato.