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Governo egípcio pede fim dos protestos para salvar economia

Publicado 04.02.2013, 18:31
Atualizado 04.02.2013, 18:42

Cairo, 4 fev (EFE).- O primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil, pediu aos seus compatriotas nesta segunda-feira que direcionem seus esforços para a "construção do país" e para sair da crise econômica, ao invés de promoverem manifestações, depois de mais de uma semana de distúrbios.

"Com o objetivo de cumprir com as demandas da revolução, temos que terminar com as palavras de ordem e nos concentrarmos no trabalho real", disse em entrevista coletiva na sede do governo.

Qandil pediu aos egípcios que "deixem de protestar", ignorem os meios de comunicação e comecem a trabalhar, porque as questões econômicas devem ser encaradas "com urgência".

Neste sentido, o primeiro-ministro afirmou que todos os setores da economia sofrem com problemas estruturais que devem ser solucionados imediatamente e que é preciso abordar a situação econômica do país antes que ela chegue a níveis catastróficos.

"Temos que trabalhar juntos para salvaguardar a economia e isto requer um esforço honesto por parte de todos os setores da sociedade", afirmou Qandil.

O primeiro-ministro fez uma chamada às distintas forças políticas para que superem suas diferenças ideológicas e trabalhem juntas pelo interesse do país.

O Egito, que tem no turismo sua principal fonte de receitas, atravessa uma complicada crise econômica desde a revolução que derrubou o regime de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011. A crise se agravou com a instabilidade política constante e com os surtos de violência vividos durante a transição.

As autoridades egípcias mantêm conversas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um empréstimo de US$ 4,8 bilhões, no momento em que o valor da libra egípcia atingiu um mínimo histórico em relação ao dólar.

Desde 25 de janeiro, quando foi celebrado o segundo aniversário da revolução egípcia, mais de 50 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas em confrontos entre as forças da ordem e os manifestantes contrários ao presidente Mohammed Mursi. EFE

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