Garanta 40% de desconto
💎 WSM subiu +52.1% desde que foi selecionada por nossa estratégia de IA em dezembro. Acesse todas as açõesAssine agora

Novo governo não será intervencionista na Petrobras, mas definirá políticas, diz Prates

Publicado 24.11.2022, 12:09
Atualizado 24.11.2022, 14:20
© Reuters. Sede da Petrobras
16/10/2019
REUTERS/Sergio Moraes

© Reuters. Sede da Petrobras 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não será "intervencionista" na Petrobras (BVMF:PETR4), e mudanças na petrolífera serão feitas de forma gradual, uma vez que cabe ao Estado como acionista majoritário definir as políticas, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante da equipe de transição, nesta quinta-feira.

"Não haverá atitude despótica", disse ele, ressaltando que o grupo que discute temas de energia e petróleo do novo governo tem conversado com bancos e investidores.

"Óbvio que não pode ter uma ruptura dentro do quilate que estão tentando aventar ou atribuir à gente", acrescentou, em entrevista na saída do CCBB, sede do governo de transição.

Analistas do UBS BB (BVMF:BBAS3) cortaram a recomendação de Petrobras para "venda", de "compra" anteriormente, bem como ceifaram o preço-alvo das ações preferenciais de 47 para 22 reais no início da semana, pressionando o valor dos papéis da empresa.

O UBS BB viu anos "sombrios" à Petrobras, juntando-se de forma mais agressiva a outras casas que já tinham cortado recomendação da empresa após a vitória de Lula.

Nesta quinta-feira, após as declarações de Prates, as ações tinham alta de mais de 3%, recuperando parte das perdas.

Conselheiro de Lula para petróleo e gás, Prates destacou que a equipe de transição tem garantido que não haverá qualquer "medida interventiva" nem "pé na porta" da Petrobras.

Segundo o parlamentar, qualquer medida será discutida pelo conselho de administração da empresa.

POLÍTICA DE PREÇOS

Políticas de amortecimento de preços para eventuais disparadas de custos com combustíveis são temas de governo e não da Petrobras, destacou Prates, ressaltando também que cabe ao Executivo decidir sobre os rumos das políticas, que hoje seguem cotações internacionais do petróleo e do câmbio.

"Quem define política de preços de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado, e que temos que desfazer de uma vez por todas, é dizer que a Petrobras que define a política de preços dos combustíveis. Não vai ser assim, não pode ser assim", afirmou.

"Os caras já concluem que quando a gente diz que é governo que toma a decisão, vai ser uma decisão interventiva. Pode não ser, ou pode ser parcialmente. Pode ser para alguns produtos e não para outros. Mas quem tem que definir isso é o governo. E quando tiver que aportar alguma coisa para fazer algum ajuste por alguma razão social, também é o governo que decide."

Mais cedo, Prates disse que seria preciso "separar bem essas coisas", o que cabe ao governo e o que cabe à Petrobras.

"A Petrobras vai fazer a política de preços dela, para os clientes dela, para o volume, para qualidade de clientes, enfim, como qualquer empresa vende", afirmou.

O comentário foi feito diante de questões sobre como vai se portar o novo governo em relação à política de preços da Petrobras, algo que preocupa o mercado, que teme repetição da intervenção na empresa realizada no passado por governos petistas, quando a paridade de importação não era respeitada.

Segundo ele, é o governo quem vai "dar política de preços em geral pro Brasil, se vai ter algum colchão de amortecimento, conta de estabilização, preço de referência".

O governo de Jair Bolsonaro evitou avançar em políticas nessa linha, preferindo a estratégia da isenção provisória para impostos federais, como o PIS/Cofins, ou patrocinando o projeto aprovado no Congresso que colocou um teto para o tributo estadual ICMS.

Prates acrescentou que as políticas do governo Lula serão pensadas "sem absolutamente falar em congelamento, nenhum ato forte desse sentido interventivo".

Apesar de dizer "o que sempre o mercado quis ouvir --que uma coisa é a Petrobras, outra coisa é o governo"--, Prates também concluiu que quem decide é o governo.

DIVIDENDOS

O senador disse que a política de pagamento de dividendos da Petrobras, que tem feito elevadas remunerações aos acionistas, será discutida de forma gradual.

De acordo com ele, mesmo no mercado, há quem considere a atual política de dividendos "completamente anacrônica" em relação a outras petrolíferas do mundo.

"Mesmo distribuindo 50% ou 40% dos dividendos, isso ainda estaria acima dessas empresas todas que são congêneres. Então isso não é uma questão de gostar ou não, é uma questão empresarial de mercado", disse.

"Não é uma questão de direita ou de esquerda, de intervenção ou não intervenção. É uma questão de se decidir se a empresa precisa voltar a investir, se tem projetos no pipeline ou não tem, se o capex alcançaria isso", disse.

"Mas é evidente que isso tem que ser feito de forma gradual, sem radicalizar em nada. Todo mundo conhece o mercado e o mercado nos conhece", completou, citando que o PT já foi governo.

© Reuters. Sede da Petrobras
16/10/2019
REUTERS/Sergio Moraes

Prates afirmou ainda que a retomada do plano de refino da empresa será decidida com "muita parcimônia e tranquilidade", ressalvando que não falava em nome de quem poderia ocupar algum cargo na empresa. Prates vem sendo cotado como um eventual candidato à presidir a companhia.

Ele disse que poderão ser discutidos, por exemplo, um "upgrade" em uma refinaria, revisões em instalações que já existem para ampliação da capacidade, além da retomada de obras inacabadas.

(Reportagem de Ricardo Brito, com reportagem adicional de Bernardo Caram)

Últimos comentários

Pera aí . Não é intervenção na Petrobras mas .... É muita cara de pau. Logo logo vai dever novamente 155 bilhões de dólares. Vão recomprar a Ruivinha, dar dinheiro pra Sete Brasil, construir uma refinaria na Bolívia e doar prós bolivianos , construir outro João Cândido pelo dobro do valor e nunca navegou.
Ainda acha idiiotasss par defender esse partido de 💩
Valeu Prates, futuro Presidente da Petrobras, vamos reerguer está Empresa, e dar uma finalidade social para ela também. O resto é choro do gado recalcado...
quer maior finalidade social que o Dinheiro q ela deu p o governo pode pagar esses auxílios?
A Petrobras deixou a maior dívida corporativa do planeta que hj está em 1/3. Esse cara entende por reerguer só pode ser a dívida. Hj ela produz 4 milhões de barris dia.
Triste em ler isso, nem sabe o que tava dizendo e ainda se considera investidor ☹️
esse governo bolsonaro assaltou a Petrobras é o povo.
Bolsonaro pagou auxílio para o povo com os dividendos dela. PT pagou empreitareis. Seus 💩
Até que enfim um preço justo para o povo brasileiro.
O preço da corrupcao e ineficiencia com a maior divida coorporativa do mundo à época, algo com 120Bilhoes de dolares, e uma empresa valendo 30Bi de dolares.
Mas não existe uma lei que obriga a uma distribuição mínima de dividendos?
Vai ser só um roubo harmônico e constante! Mas tudo dentro da paz e do amor q venceu!
acionou o stop da UBS
Pula fora de petro e BB
falar ate papagaio fala, ladrão n resiste a um cofre
se não consegui quebrala da primeira vz agora ele consegue ihhhhhhhuuuu faz o L eu quero que se exploda vou traidar vendido até o fundo eu quero ver os investidores que fizerao o L explodir no prejuízo chamando o bozo kkkkkkkk
O novo velho governo que destruiu a petr4 ?
Golpe ta ai, cai quem qué!!!
Ah sim , só vai roubar mesmo …
Claro que vai
e ele lá sabe o que é inrtevencionista???
“Política de preços não é da Petrobras, é do governo”, reitera senador do PT. VOCÊS ACABARAM DE PUBLICAR ISSO AQUI NO SITE... SE ISSO NÃO É INTERVENÇÃO, QUEM ACHA QUE ESTÃO ENGANANDO?
exatamente, olha meu post acima, petista ou se faz ou é mais idiota do que a gente imagina
petr4 só caindo com medo da chegada dos saqueadores.
kkk!!! Quem acredita ?
Lula ladrão, roubou a eleição!
Os ladrões já esqueceram do petrolão? A bandidagem continua procurando cofres. A quadrilha de transição já possui quase 300 bandidos. Nadinha ne, so acabar com paridade do preço internacional, cortar dividendos e divestimentos esdrúxulos em refinarias no Nordeste e afins...
Os ladrões já esqueceram do petrolão? A bandidagem continua procurando cofres. A quadrilha de transição já possui quase 300 bandidos.
Os ladrões já esqueceram do petrolão? A bandidagem continua procurando cofres. A quadrilha de transição já possui quase 300 bandidos.
Nadinha ne, so acabar com paridade do preço internacional, cortar dividendos e divestimentos esdrúxulos em refinarias no Nordeste e afins...   Acredita..
hahaha, deve ser verdade
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.