PARIS (Reuters) - O grupo francês de açúcar Tereos, que foi atingido por uma queda no mercado do adoçante, informou nesta segunda-feira que conseguiu um empréstimo que deve lhe dar algum alívio financeiro enquanto espera por uma recuperação nos preços da commodity.
Em dezembro, a Tereos --que na temporada passada se tornou a segunda maior fabricante de açúcar do mundo-- reportou um prejuízo semestral de 100 milhões de euros (113 milhões de dólares) e disse que espera estar no vermelho em todo o ano financeiro pelo segundo ano consecutivo.
Os contratos futuros do açúcar bruto encerraram o ano de 2018 em seu menor patamar em 10 anos, pressionados pelo forte excesso de oferta global.
A União Europeia liberalizou seu mercado de açúcar em setembro de 2017, pondo fim a um sistema de preços mínimos garantidos e cotas de produção protegidas. Isso deu aos produtores mais liberdade para se expandir e exportar, mas o pior cenário emergiu, com os produtores da UE expostos aos baixos preços mundiais.
A Tereos disse que garantiu um empréstimo de 250 milhões de euros que expira em 2022 e quitará metade de seu bônus de 500 milhões de euros com vencimento em março de 2020 com um ano de antecedência.
O empréstimo está sendo fornecido por BNP Paribas (PA:BNPP), Natixis e Rabobank, informou a Tereos em comunicado.
"Isso nos permite ganhar tempo para ver como as coisas evoluem no mercado de açúcar", disse um porta-voz da Tereos.
(Por Sudip Kar-Gupta e Sybille de La Hamaide)