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Investidores LGBTQ+: Desigualdade social e legal impacta estratégia, diz UBS

Publicado 17.06.2021, 20:17
Atualizado 18.06.2021, 16:26
© Reuters.

Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - A completa igualdade legal e social não existe em nenhum lugar do mundo. Por isso, de acordo com o UBS, os investidores LGBTQ+ devem considerar diferentes aspectos na hora de montar suas estratégias.

“Quando diferentes grupos enfrentam diferentes ambientes social e legal, eles precisam investir de maneira diferente para lidar com os desafios que encaram. Ainda que as principais preocupações dos investidores sejam as mesmas, independente de gênero ou orientação sexual, os investidores LGBTQ+ tendem a ter necessidades e desafios diferentes”, resume o banco.

De uma maneira geral, segundo o UBS, uma boa abordagem é pensar na carteira de investimentos em três frentes: curto prazo, longo prazo e aposentadoria. 

A porção de curto prazo deve ser encarada como uma reserva para arcar com as despesas do dia a dia ou custos inesperados em caso de imprevisto. Nessa categoria, o banco recomenda ativos de alta liquidez, “mesmo que isso signifique aceitar um retorno menor ou até negativo, ter acesso a esses fundos irá ajudá-lo a evitar problemas de liquidez”, afirma o relatório.

A segunda parte deve ser pensada para cobrir despesas esperadas no futuro próximo. Nesse sentido, é possível considerar ativos com taxa de retorno um pouco mais alta, em troca de liquidez. Finalmente, a terceira parcela pode ser investida em ativos com longa duração, para tirar proveito dos juros.

Particularidades do investidor LGBTQ+

Em primeiro lugar, muitos membros da comunidade LGBTQ+ encaram preconceito dentro de suas próprias famílias e, em alguns casos, optam por cortar ou diminuir relações e, assim, deixam de contar com sua família para suporte financeiro. Isso pode significar, por exemplo, dificuldades para abrir negócios próprios, visto que o financiamento familiar é a maior fonte de investimento para novos empreendedores.

Esse, segundo o UBS, é um dos aspectos que devem ser levados em conta por pessoas LGBTQ+ ao construir suas estratégias de investimento, especialmente no que diz respeito ao curto prazo - uma “reserva de emergência” para cobrir os custos do dia a dia em caso de imprevistos.

Outro fator importante é a segurança de emprego, visto que, em muitos países ao redor do mundo, mesmo onde há proteção legal, pessoas LGBTQ+ podem ter sua estabilidade no emprego prejudicada pelo preconceito social. Até mesmo a necessidade de esconder sua orientação sexual no ambiente profissional pode trazer danos, como uma performance abaixo da esperada devido ao estresse.

Financeiramente, uma maior rotatividade de emprego pode significar menos contribuições à aposentadoria por parte do empregador ou até um número maior de contas de previdência, o que torna sua gestão mais difícil. Por isso, a recomendação do UBS é uma gestão para tirar proveito de cada fundo de aposentadoria e construir uma estratégia.

Um terceiro aspecto a ser considerado é o fato de grande parte da comunidade LGBTQ+, especialmente os jovens adultos, optar pela vida em grandes cidades - que tende a ser significativamente mais cara do que a vida no interior. Assim, esses jovens adultos podem ter mais dificuldade em construir reservas e, por isso, começar sua jornada de investimentos em desvantagem.

Além disso, devido a uma tendência maior de se realocar, a propriedade de imóveis entre a comunidade LGBTQ+ tende a ser menor do que a média da população. Ainda que o aluguel possa trazer vantagens, como uma maior flexibilidade, há uma série de pontos negativos, como uma maior dificuldade no acesso a crédito de baixo custo.

“Por causa desses desafios, é ainda mais importante desenvolver um planejamento financeiro holístico e construir uma estratégia de liquidez”, aponta o banco. Além disso, para investidores que não pretendem adquirir imóveis, é necessário considerar custos maiores na aposentadoria.

Para além dos fatores mencionados, também os gastos com saúde tendem a ter características diferentes para a comunidade LGBTQ+. Pessoas trans, por exemplo, podem ter de arcar com tratamentos ou até viagens para encontrar profissionais especializados. Pessoas LGBTQ+ que queiram ter filhos também podem ter de custear tratamentos.

Além disso, o preconceito, bullying ou dificuldades de aceitação podem acarretar em problemas em relação à saúde mental, o que frequentemente traz consigo custos consideráveis de tratamento. Outro fator a ser considerado é que, em locais em que não há igualdade de casamento, pode não ser possível estender os benefícios de plano de saúde para parceiros, o que representa um custo adicional para as famílias LGBTQ+.

Por isso, a recomendação do UBS é que investidores LGBTQ+ antecipem ou planejem despesas de saúde que provavelmente irão encontrar ao longo da vida e considerem a melhor maneira de arcar com elas - seja utilizando a saúde pública, planos de saúde ou pagamentos particulares.

A aposentadoria de pessoas LGBTQ+ também pode ter particularidades, principalmente para casais. Isso porque muitos países não oferecem ou dificultam a transferência de ativos financeiros de um membro do casal para o outro em caso de morte. Por isso, pode ser interessante pensar em instrumentos como testamentos e procurações.

Finalmente, cada vez mais os investidores, de maneira geral, buscam investimentos que se encaixem em seus valores. No caso da comunidade LGBTQ+, investidores podem tomar decisões financeiras em torno de empresas que busquem igualdade, diversidade e inclusão. 

Isso, segundo o banco, pode ser feito de diferentes maneiras: alguns investidores podem optar por excluir investimentos em companhias que têm históricos ruins em termos de direitos LGBTQ+, enquanto outros podem optar por selecionar companhias cujas características ESG sejam alinhadas com seus valores. Essa segunda abordagem, da inclusão, tende a ser mais eficiente tanto em termos financeiros quanto sociais, na visão do banco.

Últimos comentários

🤦🏽‍♂️
Interessante pensar nas possíveis particularidades da aposentadoria.Achei o tema da matéria interessante e representativo.Boa parte de quem tá reclamando nos comentários não entendeu que a matéria fala de ESTRATÉGIA de investimento. E que isso nada tem a ver com a vida deles ou com a forma que a bolsa funciona ou deixa de funcionar pra eles. Tem gente se doendo demais.. A fragilidade é evidente kkk
E eu aqui pensando que o mercado era democrático! Imagine só, o mercado se importar com sua cor de pele, opção sexual, orientação política, religiosa... A próxima notícia será: Sardinhada luta contra desigualdade entre "stoploss" - Deixem meu stop curto em paz!
Meu Deus, total falta de assunto... estão buscando diferenças onde não existe! Meu dinheiro é diferente, seja qual for a minha opção sexual? Vou investir diferente dependendo da minha orientação? Faça me o favor....
QUE DESGRAÇA!
Tirou da minha boca, prezado!!
E a UBS sendo lixo como sempre....
A minha resposta pra essa matéria vai ser nas urnas ano que vem votando em Jair Bolsonaro.
a bolsa é o local mais democrático e menos preconceituoso do mundo, ninguém quer saber opinião política, sexualidade, cor de pele, time de futebol, religião, idade, altura....homebroker não se importa com quem está operando, precisa de um cérebro e estudo. o que faz com o próprio corpo não altera as cotações
ce entendeu que a matéria tá falando de estratégia de investimento? acho que não kk
homebroker não se importa com quem está operando, precisa de um cérebro e estudo. o que faz com o próprio corpo não altera as cotações
Quem entrou só pra ver os comentários?
🙋‍♂️
🤣🤣🤣🙋‍♀️
tem que entra nos comentários pq não dá pra fica indignado sozinho pra que isso qual sentindo chama atenção sei lá
Ainda bem que não há igualdade, nem em uma mesma árvore existem duas folhas iguais. Aqueles que "buscam fazer um mundo mais justo" por meio da igualdade na verdade são  intolerantes com a diversidade, e querem que todos tenham um mesmo discurso. Que direito essas pessoas tem de tentar modificar a forma de pensar das famílias e da sociedade ? Viva a liberdade de expressão e de pensamento.
Belo texto.
Querem um mundo igual, se nem mesmo o Criador o fez para o homem.
pu#a que pariu o que isso tem haver com investimentos?
O que tem a ver as cuecas com as calças...
Que materia lixo
reportagem LIXO
Kkk mercado nao quer saber seu sexo kkkk
Só faltava essa, vou nem ler esse lixo, só pelos comentários...
Nao sabia que matematica tinha sexo!Estrategia agora tem sexo feminino e masculino!Materia lixo nem li mas so pelo enunciado ja se percebe a qualidade desse app. Mais algumas magrrias assim eu vou excluir essa porcaria!
Tem diferença entre investidores ?Falta de materia vixxi
vcs são muito chato com isso guela baixo não.
Pronto, agora querem colocar opção sexual em investimentos.Ooo povo chato...
Hétero.
Façam uma matéria sobre como pessoas como eu (étero) pode ter sucesso nos investimentos, eu não sabia que o mercado tinha olhos. Maceió Alagoas.
Quem está achando ruim é porque não tem a menor empatia ao próximo, se não entende e não se coloca ao lugar do outro não tem nem porque comentar. Achei os argumentos válidos e úteis para alguns casos.
Como a maioria das pessoas que vivem na pobreza no país.
Há tempos eu não lia uma matéria tão "non-sense"
...
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