Investing.com - Perto de definir a precificação para a abertura de capital na bolsa brasileira, a Vivara (SA:VIVA3) tem atraído as atenções de investidores de diversos segmentos. A edição desta quinta-feira do Valor Econômico destaca que corretoras e casas de análises estão com uma forte procura de informações sobre a operação.
Tudo isso de explica, diz o jornal, devido à intensa campanha publicitária do IPO nas redes sociais e também pela reserva de até 20% para os segmentos de varejo e private. Assim, os pequenos investidores querem esclarecimentos para determinar se vale ou não apena participar da oferta.
A publicação aponta que os analistas divergem sobre participar do investimento logo de início e a que preço, tendo como ponto em comum o prêmio relevante sobre as ações na faixa de preço proposta em relação com outras varejistas.
Desta forma, se levar em consideração o preço médio da faixa, que vai de R$ 25,40, a Vivara chegaria ao mercado com prêmio de quase 40% sobre joalherias globais como Tiffany, Pandora ou Richemont (dona da Cartier, Van Cleef e Montblanc), destaca o Valor.
Assim, a estimativa do mercado é que a companhia faça sua estreia na bolsa a um múltiplo de 22 a 24,6 vezes seu lucro projetado para 2020, contra 6,6 vezes da Pandora e 17,5 vezes da Tiffany. Com isso, analistas acreditam que seria mais adequada comparar a Vivara com varejistas brasileiras de outros setores, como Arezzo (SA:ARZZ3) (24 vezes o lucro) e Lojas Renner (SA:LREN3) (32 vezes).
Vale (SA:VALE3) a pena?
O jornal ouviu diferentes analistas com opiniões distintas sobre o caso da Vivara. Para a Eleven Financial, há espaço para valorização mesmo no teto da faixa, com a Levante indicando compra somente até a faixa de R$ 25,00. No caso da Condor Insider, a recomendação é de não participar da oferta.
Enquanto os analistas divergem, os investidores mostram bastante interesse no IPO. O Valor apurou que a demanda está em torno de cinco vezes a oferta no preço médio da faixa indicativa, faltando ainda uma semana para a precificação, com a expectativa de fechar as reservas no topo da faixa até terça-feira.
Lock-up
O prospecto divulgado pela Vivara prevê a restrição de venda para os investidores, que será de 45 dias para os do segmento de varejo (até 23 de novembro), com ordens entre R$ 3 mil e R$ 1 milhão com prioridade para alocação de recursos, e de 120 dias para os do segmento private (até 6 de fevereiro de 2020), também com prioridade.
O mecanismo tem como objetivo reduzir a volatilidade dos papéis, limitando atuação de quem entra na oferta para sair logo em seguida, o chamado flip. No entanto, essas datas estipuladas são o momento no qual o investidor como muitos papéis iniciam as vendas para realizar lucro, sendo sessões com grande volume e alta pressão de venda.