Investing.com - O ministro da Defesa, Raul Jungmann declarou que o governo pode permitir o acordo entre a Embraer (SA:EMBR3) e a Boeing, incluindo a divisão militar da empresa. Para ele, o país só não irá abrir mão do controle da companhia, uma vez que isso significaria a flexibilização da soberania nacional. As informações são do jornal O Globo.
“É possível fazer uma parceria ou promoção comercial também na área militar, desde que seja resguardado o sigilo, caso a caso. Só não faremos alienação, venda ou transferência do controle”, disse Jungmann ao jornal carioca.
O ministro destacou que os países não repassam o controle de empresas que têm atuação na fabricação de equipamentos de Defesa, lembrando da ação Golden share que o governo brasileiro tem sobre a Embraer. Apesar disso, ele afirmou que o governo ainda não recebeu uma proposta concreta da Boeing, mas que a expectativa em torno das tratativas é positiva.
Jungmann lembrou que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento na área de defesa são elevados. Ele afirma que o cargueiro tático KC-390, desenvolvido pela Embraer, só avançou porque o governo investiu R$ 6 bilhões e se comprometeu a comprar 28 aeronaves do modelo. Assim, o acordo com a Boeing também teria potencial de elevar a competitividade da companhia brasileira no segmento de aviões civis, como o E-195.
No pregão de ontem na B3, as ações da Embraer encerram o dia negociadas a R$ 20,52, avançando 2,60%.