BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro cancelou a sua ida este mês ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, decisão que envolveu um somatório de fatores de segurança, econômicos e políticos disse nesta quarta-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, em briefing à imprensa nesta quarta-feira.
O porta-voz rechaçou que a decisão decorra apenas de aspectos de segurança, diante da tensão internacional após a escalada no conflito entre os Estados Unidos e o Irã.
"Não há qualquer ligação com o fato que ocorreu no Oriente Médio", disse o porta-voz, um dia após bases que abrigam militares norte-americanas no Iraque terem sido alvo de ataques do Irã como resposta à morte do comandante militar iraniano Qassem Soleimani.
Essa seria a segunda participação de Bolsonaro no fórum. Não foi informado qual autoridade vai representar o Brasil em Davos, diante da ausência do presidente no evento.
O porta-voz confirmou que Bolsonaro manteve a viagem que fará à Índia este mês, na qual será recebido como convidado de honra para as celebrações do Dia da República da Índia, em 26 de janeiro, quando é comemorada a entrada em vigor da Constituição indiana.
Barros disse que o presidente passou por exames de check-up nesta manhã e que os resultados foram considerados absolutamente normais. Ele foi submetido a exames nas áreas de dermatologia, cardiologia e também de gastroenterologia, informou Barros. Não há previsão de ele ser submetido a qualquer cirurgia, destacou.
(Reportagem de Ricardo Brito)