A curva de juros está desinclinando, com queda mais firme dos contratos de depósito interfinanceiro (DI) longos, em meio à percepção de alívio com a política monetária brasileira e dos Estados Unidos. Esse movimento ainda reflete a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), na quinta-feira, e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, informado mais cedo nesta sexta-feira, que alivia os Treasuries.
A precificação na curva de juros indica 75% de chance de corte de 50 pontos-base da Selic em agosto hoje, um aumento em relação a ontem (60%), segundo Laís Costa, analista da Empiricus Research.
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Com isso, o juro básico estimado no fim de 2023 passou de 11,75% (ontem) para 11,50%. Para 2024, a projeção já está abaixo de 9,00%. "Está levemente abaixo de 9% no final de 2024. Mas se considerar que o BC só corta em degraus de 25bps (e seus múltiplos), estaria em 9% no final de 2024."
Às 11h28, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 estava em 12,845%, após mínima de 12,835%, ante 12,924% no ajuste de ontem, enquanto o DI com vencimento em janeiro de 2025 exibia taxa de 10,785% (mínima: 10,760%), depois dos 10,87% no ajuste na quinta-feira.
O DI para janeiro de 2027 cedia a 10,16%, na comparação com a mínima diária de 10,14% e em relação à taxa de 10,32% no ajuste ontem. O DI para 2029 cedia à mínima a 10,48%, após 10,66% no ajuste ontem.