LONDRES (Reuters) - Por 50 anos, as coloridas roupas e objetos pessoais da artista mexicana Frida Kahlo ficaram escondidos dentro de um banheiro.
Seu marido, o muralista Diego Riviera, havia armazenado os objetos após a morte da artista por pneumonia em 1954 na casa em que compartilhavam na Cidade do México, "A Casa Azul", estipulando que o cômodo ficasse trancado por 15 anos até depois da morte dele.
E assim foi. Riviera morreu em 1957, mas o local permaneceu fechado até 2004, quando o Museu Frida Kahlo, abrigado na mesma casa do antigo casal, começou a catalogar seu conteúdo e convidou Ishiuchi Miyako para fotografar os mais de 300 itens.
Essas fotografias agora estão em exposição em Londres, e mostram os sapatos, óculos de sol, roupas e pertences que ela usava para esconder suas marcas após ter sofrido com a polio e com um devastador acidente de ônibus.
"Eu estava bastante nervosa quando fiquei frente a frente com as coisas dela… pouco a pouco, foi como se comunicar com ela", disse Miyako à Reuters. Ela anteriormente fotografou os pertences de vítimas da bomba atômica de Hiroshima. 2015-05-15T211401Z_1006900001_LYNXMPEB4E12C_RTROPTP_1_CULTURA-GENTE-FRIDA-FOTOS.JPG