JERUSALÉM (Reuters) - Israel mostrou profundo descontentamento com a suspensão das sanções internacionais ao Irã e prometeu vigiar e avisar quaisquer violações que seu arquiinimigo cometer em meio às restrições nucleares, além de se escorar na ajuda militar dos EUA para se preparar para um possível confronto militar no futuro.
A Agência Internacional de Energia Atômica considerou no sábado que o Irã cumpriu com o acordo fechado no último mês de julho para conter seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções impostas pelos Estados Unidos, pelas Nações Unidas e pela União Europeia.
Em paralelo, uma troca de prisioneiros iraniano-americanos, realizada em segredo, reforçou o desejo dos adversários políticos de se reconciliarem diplomaticamente.
Essas notícias põem fim a um intenso lobby de Israel por mais restrições a Teerã -- uma campanha que prejudicou até mesmo as relações entre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente norte-americano Barack Obama.
Netanyahu pareceu não se arrepender de nada neste domingo, mesmo depois que um membro do governo israelense elogiou, ressentidamente, o estadismo iraniano e um ex-conselheiro do primeiro-ministro acusou-o de insistir em uma perigosa e falha estratégia.
"Não fossem nossos esforços para liderar as sanções e frustrar as intenções do programa nuclear iraniano, o Irã já teria utilizado armas nucleares há muito tempo", disse Netanyahu por meio de seu gabinete.
Ele pediu que as potências mundiais imponham "fortese e agressivas sanções" em caso de qualquer violação nuclear do Irã --atividades que, seu gabinete confirmou em outro comunicado, Israel "continuará monitorando e sinalizando."
Falando para jornalistas na Casa Branca neste domingo, Obama repetiu as garantias dos EUA para a segurança de Israel e de outros aliados regionais.
(por Dan Williams)