Futuros de petróleo - Projeção semanal: 12 a 16 de janeiro

Investing.com - O petróleo Brent atingiu uma baixa de cinco anos e meio na sexta-feira, uma vez que os continuaram focando no excesso nas reservas globais da commodity.

Na ICE Futures Exchange de Londres, o Brent com vencimento em fevereiro atingiu uma baixa da sessão de US$ 48,90, um nível não visto desde abril de 2009, antes de ficar em US$ 50,11, caindo 85 centavos, ou 1,67%.

Na semana, o contrato Brent de fevereiro perdeu US$ 6,31, ou 11,18%, o sétimo declínio semanal consecutivo.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo bruto dos EUA com vencimento em fevereiro subiu 43 centavos na sexta-feira, ou 0,88%, encerrando a semana em US$ 48,36 por barril. Os preços do petróleo WTI caíram para US$ 46,83 no dia 7 de janeiro, o nível mais fraco desde 2009 de abril.

Na semana, os futuros de petróleo negociados em Nova York afundaram US$ 4,33, ou 8,21%, a sétima perda semanal consecutiva.

O spread entre os contratos Brent e de petróleo WTI ficou em US$ 1,75 por barril no fechamento das negociações de sexta-feira, em comparação com US$ 3,73 na semana anterior.

Os preços do petróleo reduziram perdas no final da sessão, após o Baker Hughes , gripo de pesquisas do setor, ter dito que o número de sondas de perfuração de petróleo nos EUA caiu em 61 na semana passada, ficando em 1.421.Foi a maior queda desde fevereiro de 1991.

A quantidade de plataformas de petróleo diminuiu em 10 das últimos 13 semanas desde que atingiu uma alta histórica de 1.609 em meados de outubro.

Os preços do Brent de Londres perderam quase 48% em 2014, ao passo que os futuros do petróleo WTI caiu quase 46% depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido manter sua meta de produção em 30 milhões de barris por dia.

As realizações de lucros se intensificaram após a OPEP ter decidido manter sua meta de produção para apoiar o mercado, uma vez que há o surgimento de um excesso da commodity em meio ao boom de xisto nos EUA, que está sendo bombeado no ritmo mais rápido em mais de 30 anos.

Em outros lugares, o dólar norte-americano ficou sob pressão na sexta-feira após o último relatório de empregos dos EUA ter mostrado uma queda surpresa nos salários por hora, o que sugere que o Banco Central dos EUA (Fed) pode manter as taxas inalteradas por mais tempo.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, perdeu 0,39%, encerrando a semana em 92,18.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse que a economia norte-americana gerou 252.000 postos de emprego em dezembro, acima das expectativas de um crescimento de 240.000. A taxa de desemprego caiu para 5,6%, uma baixa de seis anos e meio, de 5,8% em novembro. Os economistas haviam projetado uma queda de 5,7%.

Mas o relatório mostrou que a média de ganhos caiu 0,2% em dezembro, não atingindo as expectativas de uma alta de 0,2% e subiu apenas 1,7% em relação ao ano passado.

A queda inesperada na média salarial alimentou especulações de que a economia pode não estar tão saudável quanto se acreditava.