NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos precisam concluir o assunto do "grande demais para falir", que emergiu após a crise que ajudou a colocar a economia global em recessão oito anos atrás, disse um influente político do Federal Reserve neste sábado.
Em comentários que pareceram preventivos em relação ao presidente eleito Donald Trump, que prometeu recuar em regulações a Wall Street, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que muito progresso foi realizado em tornar o sistema financeiro "menos suscetível ao pânico".
"Mesmo assim", disse, "ainda há muito a ser feito antes de podermos dizer que terminarmos com o 'grande demais para falir'. Esse é um trabalho que absolutamente precisa ser terminado".
Os comentários de Dudley, numa reunião do Grupo de 30 com importantes reguladores internacionais, foram feitos um dia após outro poderoso regulador do banco central americano, Daniel Tarullo, alertar contra um "retrocesso", após anos implementando a lei Dodd-Frank, de 2010, de reforma financeira.
Os principais desafios ainda estão em reguladores, com segurança e suavidade, lidarem com falência hipotética de um grande banco com operações em várias jurisdições, disse Dudley.
Sobre outras áreas do panorama financeiro, Dudley delimitou as áreas que, segundo ele, forneceram mudanças estruturais importantes: reformas no mercado de recompra reversa tripartite; em derivativos e câmaras de compensação que lidam com essa atividade; e fundos mútuos do mercado monetário.
Trump disse que seu governo vai fazer com que a economia cresça, em parte desmontando parte da lei Dodd-Frank.