Madri, 31 out (EFE).- O banco espanhol Santander (SA:SANB11), uma das maiores entidades financeiras do mundo, obteve um lucro líquido de 5,742 bilhões de euros nos nove primeiros meses do ano, 13% a mais que no mesmo período de 2017, com o Brasil como principal motor.
Segundo informou nesta quarta-feira o grupo à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), a entidade reguladora da Bolsa de Valores da Espanha, o crescimento das receitas em vários mercados - como Brasil, Espanha, Portugal e México - e a melhoria na qualidade do crédito compensaram o impacto das depreciações de algumas divisas, como o peso argentino.
A Argentina, que representa em torno de 1% dos ganhos do grupo, passou a ser considerada desde setembro uma economia de alta inflação, de modo que, segundo a legislação internacional de contabilidade, os resultados e os balanços têm que ser ajustados.
Isto teve um impacto negativo no balanço de resultados de 169 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2018, e um impacto positivo inicial no capital do grupo de dois pontos básicos como resultado da reavaliação dos ativos, explicou o Santander.
Assim, o lucro nos nove primeiros meses do ano caiu 75% na Argentina.
Sobre as outras regiões em que o grupo opera, o Santander detalhou que o Brasil foi de novo o país que mais contribuiu com os resultados, com 26%, seguido de Espanha, com 17%, e Reino Unido, com 14% do total.
No Brasil, o lucro aumentou 2%, enquanto na Espanha cresceu 27% e no Reino Unido caiu 10%. Já o Santander Consumer Finance, a unidade de financiamento ao consumo, aumentou suas receitas em 17%.
No México, o lucro cresceu 4%; no Chile, 5%; nos Estados Unidos, 36%; enquanto em Portugal registrou crescimento de 15% e na Polônia de 8%.
No total, o banco registrou crescimento de seus ganhos em oito dos mercados nos quais opera, o que representa 85% do total.
Em relação aos resultados do grupo, a margem de juros, que mede as receitas, caiu 1,6%; enquanto a margem bruta caiu 1,2%, e a margem líquida, 1,7%.
Os empréstimos e antecipações aos clientes cresceram 1,4%, e o número de clientes vinculados, aqueles que consideram o Santander o seu banco principal, aumentou 19%, para 19,6 milhões.