Rio de Janeiro, 27 set (EFE).- A maioria dos bancários voltou ao trabalho nesta quinta-feira após nove dias de uma greve por melhores salários em que mais de 9 mil das 21.713 agências bancárias do país fecharam as portas.
A nova oferta de aumento salarial apresentada pelos banqueiros foi aceita nas assembleias realizadas ontem pelos sindicatos dos bancos privados e do Banco do Brasil em quase todo o país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Apenas os empregados da Caixa Econômica Federal em alguns estados, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, rejeitaram a oferta e mantiveram a paralisação.
Os banqueiros ofereceram na terça-feira um reajuste salarial de 7,5%, dois pontos percentuais acima da inflação dos 12 últimos meses, assim como a elevação de 8,5% do salário mínimo que pagam.
Os grevistas reivindicavam inicialmente um aumento salarial de 10,25% e um salário mínimo de R$ 2.416, mas os bancos ofereciam apenas um reajuste de 6% nos salários e um salário mínimo de R$ 2.014.
A própria Contraf recomendou a seus 137 sindicatos filiados aceitar a oferta da organização patronal e suspender a paralisação, especialmente porque os banqueiros se comprometeram a não descontar dos salários os dias não trabalhados pelos grevistas.
Os funcionários, por sua vez, se comprometeram a compensar o tempo que deixaram de trabalhar com horas extras não remuneradas nos próximos dias.
A greve começou no dia 18, quando os sindicatos conseguiram paralisar 5.132 agências, e teve seu auge na terça-feira, quando o número de bancos fechados chegou a 9.386. EFE