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Pesquisa reforça acirramento da disputa eleitoral e Bovespa tem 5ª queda

Publicado 23.09.2014, 17:47
Pesquisa reforça acirramento da disputa eleitoral e Bovespa tem 5ª queda

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa teve outra sessão volátil nesta terça-feira antes de fechar com a quinta queda seguida, com o Ibovespa renovando a mínima em mais de cinco semanas, após pesquisa CNT/MDA respaldar o acirramento em provável segundo turno da eleição presidencial.

A cautela com a divulgação de outros dois levantamentos ainda nesta noite - Ibope e Vox Populi - corroborou o viés de baixa final, embora longe da mínima, com alguns agentes preferindo zerar suas posições vendidas antes dos números.

Em sessão também marcada por baixas em bolsas no exterior, dados da China e notícias do setor de telecomunicações no Brasil, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,49 por cento, a 56.540 pontos, nova mínima desde 14 de agosto.

Durante o dia, o índice chegou a recuar 1,3 por cento na mínima e avançar 0,9 por cento na máxima. O volume financeiro do pregão alcançou 6,95 bilhões de reais.

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira mostrou a presidente Dilma Rousseff (PT) com 42 por cento na simulação de segundo turno contra 41 por cento de Marina Silva (PSB). Antes, Dilma tinha 42,7 e Marina, 45,5 por cento.

De acordo com profissionais do mercado, a perda do fôlego de Marina em pesquisas mais recentes abriu espaço para especulações sobre a capacidade de recuperação da candidata a menos de duas semanas do primeiro turno da eleição.

O Ibovespa chegou a sustentar ganhos pela manhã, com a zeragem de posições vendidas da véspera, quando parte do mercado. Mas antes do almoço o índice já estava novamente no vermelho.

"Os movimentos têm sido extremos no que diz respeito à repercussão do cenário eleitoral, com o mercado encarando sinais da oposição vencer como o céu, enquanto veem o inferno no caso de vitória do governo. E não é nem um nem outro", disse o gestor e sócio na Principia Capital Management, Marcello Paixão.

Para ele, o que está por trás dessas fortes oscilações não é apenas a eleição, mas "a combinação com a liquidez extrema no ambiente internacional, que encontra no Brasil a incerteza política e uma economia não indo bem".

As preferenciais da Petrobras chegaram a subir 2 por cento no melhor momento, mas terminaram entre as maiores perdas do índice. Os papéis ON também recuaram, assim como estatais como Eletrobras e Banco do Brasil e os bancos privados Bradesco e Itaú Unibanco

Em Wall Street, o índice S&P 500 teve a terceira queda seguida, com investidores digerindo sinais de desaquecimento da economia global.

ALÉM DAS ELEIÇÕES

A decisão da Oi de não participar do leilão 4G amparou o avanço das ações da operadora e da TIM Participações, com a visão de que a Oi se focará na oferta de compra da TIM.

Light também se valorizou após informar que participará do leilão de concessão da usina hidrelétrica Itaocara (RJ) em consórcio com Cemig, também na ponta positiva do índice, e Furnas.

Vale conseguiu sustentar os ganhos, em sessão com o noticiário chinês incluindo nova queda nos preços do minério, mas melhora na preliminar do PMI HSBC/Markit da indústria em setembro.

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