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Mercadante no BNDES acende temores de volta de equívocos do passado

Publicado 13.12.2022, 20:10
Atualizado 13.12.2022, 20:15
© Reuters

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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A nomeação de Aloizio Mercadante para ser o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva repercutiu mal no mercado nesta terça-feira, diante dos temores dos impactos fiscais de uso da instituição em um modelo econômico liderado pelo Estado, como feito em governos anteriores do PT.

O principal índice da bolsa brasileira, que já havia caído forte na véspera com os rumores da nomeação, renovou a mínima em quatro meses, enquanto o dólar fechou estável ante o real, após ter chegado a cair 1,31%.

A nomeação de Mercadante acontece poucas semanas após o banco anunciar um cronograma para concluir, até novembro de 2023, a devolução de recursos emprestados pelo Tesouro Nacional.

Entre 2008 a 2018, o BNDES acumulou com a União uma dívida de 650 bilhões de reais de aportes do Tesouro feitos entre os governos Lula e Dilma Rousseff.

Isso fez o ritmo de concessões do banco, que era de cerca de 60 bilhões de reais por ano em 2007, chegar a mais de 190 bilhões em 2013. O estoque de crédito saiu de 164 bilhões em 2007 para quase 700 bilhões em 2015. Neste ano, até setembro, a carteira do BNDES está em 454,8 bilhões de reais, segundo dados do banco de fomento.

Parte desses recursos foi canalizada via empréstimos subsidiados a grandes conglomerados para torná-los competitivos em nível internacional, na política que ficou conhecida como a de "campeãs nacionais". Grandes grupos de vários setores, como de proteínas, papel e celulose, petróleo e telecomunicações, foram beneficiados.

Em outra frente, o banco participou de um modelo de concessões de infraestrutura, no qual os investidores tinham nos projetos uma taxa de retorno tabelada. Em contrapartida, recebiam também taxas subsidiadas em empréstimos do banco.

Esse modelo foi bastante criticado por economistas, que alegavam que isso limitava o alcance da política monetária do Banco Central, porque uma parte relevante do crédito do sistema era imune ao aumento da Selic para tentar controlar a inflação.

As devoluções do BNDES ao Tesouro começaram em 2016. A última delas, de 45 bilhões, feita em novembro, deixou um saldo restante de 24 bilhões para serem pagos no ano que vem.

Parte dos recursos levantados para liquidar esses aportes veio da venda participações do banco de fomento em estatais, caso da Petrobras (BVMF:PETR4) ex-estatais, como Vale (BVMF:VALE3) e Eletrobras (BVMF:ELET3), além de grandes empresas privadas, como JBS (BVMF:JBSS3) e Suzano (BVMF:SUZB3).

Virada de página

Em vez de ser uma fonte de recursos para investidores, o BNDES passou nos últimos anos a ser um estruturador de projetos, tanto federais quanto de Estados e municípios, com o uso de taxas de juros de mercado e focando em setores que incluem saneamento e iluminação pública. Para este ano, o banco prevê desembolsar cerca de 63 bilhões de reais.

"Nos últimos anos o BNDES dava dinheiro com subsídio e em mercado fechado...Quando o foco é no projeto, não precisa de subsídio. Isso traz novos agentes e investidores. A receita do mercado fechado e subsídio pode estar de volta e isso é ruim", afirmou um executivo do BNDES sob condição de sigilo.

"O que a gente fez foi dar foco no projeto e quase sem subsídio e não houve PPPs com subsídio embutido", acrescentou o executivo.

A ex-presidente do BNDES Maria Silvia Bastos Marques, por ora prefere dar o benefício da dúvida. "Desenvolvimento, reindustrialização e inovação tecnológica são conceitos e não políticas", disse ela ao ser questionada sobre comentários recentes da equipe econômica de Lula sobre as políticas do futuro governo.

"Vamos aguardar um pouco para ver o que, concretamente, pensam em fazer por lá", acrescentou ela que presidiu o BNDES durante o governo de Michel Temer.

Embora o próprio Mercadante tenha sinalizado na véspera, em encontro com o presidente da Febraban, Isaac Sidney, que não há espaço nas contas públicas para subsídios do banco como as implementadas em gestões anteriores do PT, o mercado financeiro pareceu não estar disposto a comprar a tese.

O principal índice brasileiro de ações, Ibovespa, fechou nesta terça-feira em baixa de 1,71%, com profissionais do mercado citando receios com a volta do uso do banco para tentar alavancar a economia.

"O governo do PT ficou marcado pela política dos campeões nacionais, política essa extremamente mal vista pela maioria dos participantes do mercado", afirmou o economista André perfeito, em nota. "Para além da leitura negativa desse período há um agravante: hoje o mercado de títulos privados é muitas vezes maior que foi no período do PT e se o BNDES entrar no mercado de maneira agressiva poderá desorganizar uma indústria inteira que foi construída nos últimos anos", acrescentou.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

Últimos comentários

Equivocos? Estão passando pano de novo, mas não resolve. Todos já sabem o que está por vir. Os brasileiros vão pagar a conta sim.
O mercado não gostou. Ótimo!
Cmte. Fazzuelli pra tropa dos manés: preparem os seus DARF$, porque sua conta$ nos pertencem! Declaro aberto o 5 turno da bandalheira geral!!!
vamos começar a trabalhar triplicado, pois com esse sujeito nosso dinheiro será enviado para ajudar países como Argentina, Nicarágua, Venezuela e Cuba.
Equívoco é o novo nome para CRIME?
Equívoco? ou crimes mesmo ?
Apoairam tanto o ladrao Que ai ta essa safeza ai .
*apoiaram
Bndes estava na mão do mercado financeiro, que estava destruindo o banco. Fora liberais!
equívoco é a nova palavra para roubo?
Tava mesmo na hora de tirar os rentistas do Guedes que se apossaram do Bndes.
EQUÍVOCOS DO PASSADO 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Esse é o presidente do Povo!!!!!!
BNDES...liberar o dinheiro pra todo mundo. É a farra do PT kkkkk
Vão emprestar dinheiro para todo mundo. Menos pro brasileiro.
agora mudou o nome,equívocos do passado, porque não roubalheira do passado, essa mídia corrupta maqueando a esquerda, isso é uma vergonha
A raposa tomando conta do galinheiro. Faz o L, cambada da Faria Lima.
MAIS UM DIA DE QUEDA, RUMO AOS 80MIL PONTOS #FAZUELLY
A pertem o cinto que vamos pra Lula.
kkkkkk
ivan gumes, o mercado sempre se ajusta, está se ajustando para baixo, kkk...vai estudar, o comunismo é igual matemática, tenho 3 te dou 1 fico com 2, e os ptebas sabem bem fazer isto ...
Não é o governo que vai se adaptar ao mercado, mas o mercado que vai se adaptar ao governo. Não adianta fazer birra. Quem ficar de fora vai perder.
Inclusive VOCÊ vai perder, PAGADOR DE IMPOSTO. Ou você faz parte da QUADRILHA de transição? Pois só eles vão ganhar.
E os petistas ainda apoiam ,o povinho burro . Vai comer resto de comida e pé de galinha, não picanha.
C4MBADA DE BAND1DOS, QUADRILHA SEM VERGONHA, VÃO ASSALTAR OS COFRES PÚBLICOS NOVAMENTE PRA FINANCIAR OBRAS EM PAÍSES COMUNISTAS.
Sejam bem vindos ao país que acredita ser possível mudar algo no 6x6... E ainda criticam seus pais por não terem votado no Enéas. Rsrsrsrs
Só fazer o L que 2026 chega mais rápido. Vou esperar nosso analista, Newmann Bombeiro Leitão, fazer uma análise desta noticia. Com ele melhoramos nosso dia na Isentosfera (Comuna caviar)
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