Los Angeles (EUA.), 25 jul (EFE).- O estúdio de cinema Metro Goldwyn Mayer (MGM) anunciou nesta quarta-feira que apresentou informações à Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos para uma "possível oferta pública de ações", um passo em direção ao seu retorno à bolsa, apenas um ano e meio após declarar falência.
Em um breve comunicado, a MGM demonstrou suas intenções de conseguir financiamento por parte de investidores, num momento em que tem em perspectiva um novo filme de James Bond e as duas entregas de "The Hobbit", títulos sobre os quais tem direitos, embora a distribuição corresponda à Sony e à Warner, respectivamente.
O estúdio declarou oficialmente a falência em novembro de 2010 e no mês seguinte começou um processo de reestruturação para tentar se recuperar de uma dívida de US$ 4 bilhões.
Os ajustes incluíam um acordo com a produtora Spyglass Entertainment, cujos executivos passariam a dirigir o estúdio uma vez superada a quebra.
A operação foi possível após ter sido aprovada pelos credores da empresa, que aceitaram transformar sua participação na dívida em ações da nova MGM.
Entre as dezenas de credores, se encontram empresas como Anchorage Advisors LLC, Highland Capital Management LP e o milionário Carl Icahn, que durante meses tinha tentado sem sucesso conseguir a fusão entre a MGM e o estúdio Lionsgate, do qual é acionista majoritário.
Em troca do acordo com a Spyglass, Icahn garantiu um posto no novo conselho de administração.
A origem dos problemas financeiros do estúdio remete a 2004, quando a Sony, a empresa de telecomunicações Comcast e as financeiras Providence Equity e TPG Capital lideraram uma operação para comprar a MGM por aproximadamente US$ 5 bilhões.
O valor foi considerado alto, já que estava inflacionado pela alta de preços em meio a uma bonança econômica global e veio seguido pela queda das vendas em DVD.
A MGM, dona dos direitos da franquia James Bond, possui um catálogo de mais de 4 mil filmes, entre eles clássicos como "O mágico de Oz", "E o vento levou" e "Ben-Hur". EFE