CHICAGO (Reuters) - A Nutrien, a maior empresa de fertilizantes do mundo, está avaliando mais aumentos na produção de potássio, uma vez que as sanções interrompam embarques da Rússia e da Belarus, disse o presidente-executivo da companhia, Ken Seitz.
Os preços de nutrientes agrícolas, como potássio e fosfato, dispararam à medida que as sanções contra a grande exportadora Rússia, por sua invasão da Ucrânia, interromperam os suprimentos já escassos.
Os aumentos de preços levantaram preocupações sobre a escassez de alimentos, já que alguns agricultores aplicam menos fertilizantes enquanto os lucros de produtores como a Nutrien e a rival Mosaic aumentam.
A Nutrien está avaliando a duração do conflito na Ucrânia para determinar se há necessidade de aumentar a produção, disse Seitz.
A Rússia e Belarus juntas responderam por mais de 40% das exportações globais de potássio no ano passado, um dos três nutrientes essenciais usados para aumentar o rendimento das colheitas.
A empresa disse em março que planejava aumentar a produção de potássio em quase 1 milhão de toneladas este ano para cerca de 15 milhões de toneladas, em resposta à incerteza do fornecimento da Europa Oriental.
A empresa pode expandir ainda mais a produção para 18 milhões de toneladas sem um grande investimento de capital em lugares em Saskatchewan, embora sejam necessários gastos maiores para chegar entre 18 milhões a 23 milhões de toneladas, disse Seitz.
"Pretendemos aumentar nossos volumes, mas não parar em 18 milhões de toneladas", disse Seitz em entrevista.
A Nutrien estima que a produção da Rússia cairá de 2 milhões a 6 milhões de toneladas este ano em relação à sua capacidade operacional de cerca de 15 milhões de toneladas.
A produção da Belarus cairá cerca de 6 milhões a 8 milhões de toneladas de sua capacidade de cerca de 13 milhões, disse a empresa.
A Mosaic disse separadamente que está explorando iniciativas para melhorar o desempenho das fábricas para aumentar a produção de fertilizantes o mais rápido possível.
A Mosaic afirmou que as iniciativas podem aumentar sua produção de potássio em cerca de 1,5 milhão de toneladas até o final de 2023, acrescentando que espera que o déficit global de potássio dure de dois a quatro anos.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago; reportagem adicional de Ruhi Soni em Bangalore)