A Oi (BVMF:OIBR3) apresentou prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma reversão perante o mesmo período de 2022, quando atingiu lucro de R$ 1,623 bilhão. O prejuízo é explicado, em parte, pela conclusão da venda das redes móveis, que contribuíam para engordar o faturamento.
A companhia apresentou nesta quarta-feira, 14, o seu balanço referente ao começo do ano, cuja divulgação havia sido adiada em meio ao novo processo de recuperação judicial.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) encolheu 80,2% nessa mesma base de comparação, para R$ 216 milhões.
A receita líquida caiu 42,6%, para R$ 2,536 bilhões. Já os custos e despesas operacionais da Oi diminuíram 27,2%, chegando a 2,302 bilhões.
O prejuízo também é explicado pela piora no seu resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras). Esta linha gerou uma despesa de 1,148 bilhão, revertendo a receita de R$ 1,874 bilhão de um ano antes.
O que mais pesou aí foram os gastos de R$ 747 milhões com atualizações monetárias sobre contingências e maiores despesas de juros sobre outros passivos (que não foram detalhados). Além disso, o resultado financeiro do ano anterior contou com um ganho de valorização do real ante a dívida em dólar, o que turbinou o resultado na época, mas não se repetiu agora.
Por sua vez, a linha de depreciação e amortização dos ativos ficou negativa em R$ 319 milhões, perda 67,5% menor na comparação anual, em função do encolhimento da base de ativos do grupo.
O fluxo de caixa operacional da Oi ficou negativo em R$ 26 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queima de caixa 94% menor na comparação anual. Com o amadurecimento do modelo da fibra, combinado às ações de eficiência de custos, é esperada uma melhora gradual e progressiva no perfil de geração do fluxo de caixa operacional, informou a operadora.
A Oi terminou o primeiro trimestre de 2023 com dívida líquida de R$ 20,940 bilhões, montante 33,4% menor do que no mesmo período do ano passado. A dívida bruta era de R$ 22,7 bilhões, e os recursos em caixa somavam R$ 1,807 bilhão.