Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - A Oi (SA:OIBR3) reportou prejuízo líquido consolidado de R$ 2,638 bilhões no terceiro trimestre, queda de 54,1% em relação ao mesmo período de 2019, quando atingiu R$ 5,747 bilhões de prejuízo. O BTG Pactual recebeu os números com bons olhos e manteve sua recomendação de Compra para a ação, com preço-alvo de R$ 2,80.
Na esteira do desempenho melhor do que o previsto, a ação fechou o pregão desta sexta-feira (13) em forte alta de 5,92%, a R$ 1,79, tendo alcançado a máxima de R$ 1,80 e a mínima de R$ 1,68. O volume negociado foi de R$ 362,62 milhões. O Ibovespa seguiu a mesma direção, fechando em alta de 2,16%, aos 104.723 pontos.
Segundo o BTG (SA:BPAC11), talvez mais importante do que os números seja o marco que a companhia atingiu no trimestre: o crescimento na receita de serviço em fibra até a residência (FFTH) superou as perdas do cobre. “Pela primeira vez desde o 3T17, as receitas de banda larga da Oi cresceram trimestre a trimestre. Isso é algo que deve continuar nos próximos trimestres, pois a receita de fibra deve crescer ainda mais”, explica o banco em relatório.
Outro destaque, no ponto de vista do BTG, foi a posição de caixa da Oi no fim do trimestre, de R$ 5,7 bilhões, além de um consumo de caixa menor do que no trimestre anterior. Para o banco, isso é reflexo do recebimento das últimas parcelas da venda da Unitel e do pagamento adiantado de parcelas relativas ao excedente da Sistem.
O aumento da dívida líquida consolidada, para R$ 26,9 bilhões, é explicado principalmente pela depreciação do real em relação ao dólar, diz o BTG.
Para o futuro, o banco é otimista em relação ao plano de turnaround que vem sendo executado pela gestão. Sobre o quarto trimestre, destacam-se o leilão da venda da unidade móvel, marcado para 14 de dezembro, e as propostas para a compra da InfraCo, que devem ocorrer neste ano.