Por Clara-Laeila Laudette
MADRI (Reuters) - A Orange disse nesta quarta-feira que lançará uma rede 5G experimental usando uma plataforma aberta baseada em nuvem e inteligência artificial em julho, enquanto a indústria de telecomunicações se apressa para transferir serviços para a nuvem em uma tentativa de cortar custos e se modernizar.
A Orange construirá a rede em Lannion, norte da França, em parceria com empresas como Mavenir, Casa Systems, Hewlett Packard (HP), Dell Technologies e Xiaomi (HK:1810).
"Começaremos pequeno, mas aumentaremos rapidamente para abranger centenas de usuários até o final deste ano", disse o diretor de tecnologia da Orange, Michael Trabbia.
A Orange espera expandir a rede, chamada Pikeo, para outros países em 2022, uma vez que esteja totalmente desenvolvida e capaz de se reparar sozinha graças à automação e aprendizado de máquina.
Diversas empresas de telecomunicações vêm experimentando uma tecnologia chamada Open Radio Access Network (RAN), que usa software para executar funções de rede na nuvem, um recurso que exige menos equipamentos físicos.
A tecnologia promete cortar radicalmente os custos das operadoras de telecomunicações, empregando software baseado em nuvem e hardware comoditizado, em vez de equipamentos proprietários fornecidos por empresas como Nokia, Ericsson e Huawei.
A Orange disse que pretende que 100% de seu novo equipamento seja compatível com RAN aberto até 2025, um plano semelhante ao da operadora espanhola Telefónica, já que as empresas de telecomunicações da Europa enfrentam o desafio de uma digitalização cada vez mais rápida em meio à pandemia.
(Com reportagem adicional de Supantha Mukherjee)