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Outubro demanda cautela de investidores com riscos políticos e econômicos

Publicado 01.10.2021, 11:48
Atualizado 01.10.2021, 13:01
© Reuters.  Outubro demanda cautela de investidores com riscos políticos e econômicos

A Bolsa brasileira ainda tem empresas de qualidade que podem se beneficiar da retomada econômica e se destacar em outubro, mas a diversificação é fundamental para mitigar os riscos da atual conjuntura, de acordo com a visão de gestores e analistas consultados pelo Mercado News.

Após um mês de setembro conturbado, tanto no cenário doméstico quanto no exterior, muitas empresas listadas na B3 entram em outubro sendo negociadas a preços atrativos. Por outro lado, o ambiente político instável, marcado pelas indefinições acerca de temas prioritários, como a reforma do Imposto de Renda e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, demanda cautela da parte dos investidores.

De acordo com a equipe da gestora Forpus Capital, “a diversificação é uma boa estratégia, especialmente em momentos mais desafiadores como o atual”. Para a Forpus, o momento de alta volatilidade da Bolsa faz com que empresas de qualidade apresentem um valuation bastante atrativo, e é de olho nesse cenário que a gestora realizará uma abertura pontual do fundo de investimento Forpus Ações FIC FIA, do dia 25 ao 29 de outubro, ou até captar R$ 300 milhões.

Luis Sales, estrategista-chefe da Guide Investimentos, também avalia que existem bons ativos na Bolsa, que sofreram perdas relevantes nos últimos meses, e o momento atual pode apresentar boas oportunidades de entrada para os investidores. O economista cita os papéis de grandes bancos, as ações da B3 (SA:B3SA3) e a mineradora Vale (SA:VALE3) como exemplos de ativos que vêm sendo negociados a preços baixos em relação aos seus resultados operacionais, mas avalia que os setores de varejo, construção civil e shoppings ainda devem passar por turbulências.

LEIA MAIS: Bancos: cenário macroeconômico deteriorado limita retomada do setor no curto prazo

Economia brasileira

Outubro também é marcado pelo pagamento da última parcela do auxílio-emergencial, o que reforça a discussão sobre o novo programa de distribuição de renda proposto pelo governo federal, o Auxílio Brasil, que pode substituir o Bolsa Família. Segundo Daniel Xavier Francisco, do Banco ABC Brasil (SA:ABCB4), o mercado aguarda uma definição sobre o tema no decorrer do mês, mas a implementação do novo programa depende da aprovação do parcelamento das dívidas da União com precatórios.

A deterioração das perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022 é outro ponto que traz preocupação. No último Relatório de Mercado Focus de setembro, divulgado na segunda-feira (27), a projeção de crescimento do PIB recuou de 1,63% para 1,57%. Ao mesmo tempo em que as previsões para a atividade econômica são revisadas para baixo, o mercado aposta em alta dos juros, e o ABC Brasil projeta que a taxa Selic deva chegar a 9% em fevereiro de 2022.

De olho nesse cenário, Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais, avalia que outubro deve ser um mês tão volátil quanto foi setembro, e enxerga ainda que a situação delicada dos mercados do Brasil deve perdurar, adentrando o ano de 2022, em decorrência da adoção de medidas populistas pelo governo federal, de olho nas eleições. A crise pode ser agravada também pela letargia na tramitação das reformas no Congresso. “As reformas não andam, e quando andam, não são suficientes para colocar o Brasil em uma rota segura, […] o quadro fiscal continua precário e o nível de endividamento também”, complementa Bandeira.

Mercado global

Para Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, a alta volatilidade deve se fazer presente na maioria dos mercados ao redor do globo, sendo mais forte nos mercados emergentes.

“Nós temos uma crise energética aflorando em todo o mundo, não apenas no Brasil, mas a China está sofrendo com esse problema, e outros países também. Nós temos um gargalo de oferta de suprimentos que está interrompendo linhas de produção e encarecendo muito os produtos, e temos ainda a proximidade do ‘tapering’ (retirada de estímulos do Fed à economia norte-americana). Esses três fatores acabam trazendo muita incerteza para o mês de outubro”, diz o gestor.

Diante dessa conjuntura global, Ubirajara Silva cita a importância de monitorar a curva de juros durante o mês, uma vez que ela vem em alta nas últimas semanas, e acompanhar o dólar, após o Banco Central (BC) sinalizar uma certa preocupação com o atual patamar do câmbio, passando a realizar leilões semanais na tentativa de conter o avanço da moeda norte-americana frente ao real.

Nos EUA, o principal ponto de atenção neste mês continua sendo a redução dos estímulos monetários. Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, destaca que a redução deve se iniciar por volta de novembro, de acordo com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), e tende a ocorrer de maneira gradativa.

Além disso, conforme destaca Thais Mariane Guapyassu, sócia-fundadora e diretora de risco e Compliance da gestora Chess, chama a atenção a discussão sobre o aumento do teto da dívida pública americana, que deve ser aprovado no Congresso, “mas deve se arrastar até a data limite, em meados de outubro”.

China

Já a China enfrenta uma desaceleração da atividade econômica, o que pode afetar os preços das commodities no mercado global, com destaque para o minério de ferro, segundo Régis Chinchila. A situação fiscal da incorporadora Evergrande também segue no radar, enquanto o governo chinês busca maneiras de evitar que a crise da companhia contamine o restante da economia do país, uma vez que a dívida de US$ 300 bilhões da empresa é considerada impagável e o risco de colapso é iminente.

Por Mercado News

Últimos comentários

Até que enfim uma análise sensata e pé no chão, do mercado global e brasileiro
Pela situação econômica atual do país acho que a bolsa tá cara ainda teria que estar abaixo do 100 k
Bom dia, vai lavar o rosto" Brasil trouxe dados econômicos melhores que o esperado, abertura de 372.265 vagas de trabalho em agosto, maior resultado do mês da série. E o setor público do país contrariou expectativas e teve superávit primário de 16,7 bilhões de reais em agosto, recorde para o mês."
Ela até pode cair para abaixo dos 100k, mas dizer que está cara???? é só analisar os fundamentos das empresas e vai verificar que está barata.
Nosso IBOV esta precificado abaixo do CORONADAY, me parece que este tipo de analise tem uma influência politica por parte do emissor.
Tudo manipulado, inclusive por esses que vos escrevem no texto acima!
$x$=$x$+$=$`$$ exponencial ... sem fim , sem papel, sem mercado...TD muito longe, distante da realidade, ilusório e louco ...fora da vida real vivida.
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